Falar sobre bullying nos faz pensar num fenômeno atualíssimo, não é mesmo? Entretanto, esta prática sempre existiu. Se analisarmos o simbolismo dos contos de fadas podemos listar inúmeras vítimas de bullying como, por exemplo, Cinderela, Branca de Neve, O Corcunda de NotreDame, o atualíssimo Shrek e o mais famoso de todos: O Patinho Feio. Longe dos contos de fadas, vivemos hoje a dura realidade do bullying. Este termo, ainda sem uma palavra correspondente em nossa língua, foi usado pela primeira vez pelo norueguês Dan Olweus, em 1978, tendo como foco central o contexto escolar. Mas o que se tem observado atualmente é a disseminação desta prática em todos os âmbitos sociais.
Tem sido definido como um conjunto de ações de caráter intencional, abusivo e agressivo, visando desqualificar, humilhar, coagir, constranger e, finalmente, minar os recursos psicológicos de um indivíduo ou grupo. Diz respeito à agressão social, rejeição, opressão, intimidação e crueldade psicológica para com subordinados e/ou colegas.
Quem nunca se viu vítima de constantes piadinhas, apelidos maldosos e xingamentos? Seja em família, escola e até mesmo no trabalho? Infelizmente é mais comum do que se pensa.
O bullying apresenta características muito próprias:
Tem sido definido como um conjunto de ações de caráter intencional, abusivo e agressivo, visando desqualificar, humilhar, coagir, constranger e, finalmente, minar os recursos psicológicos de um indivíduo ou grupo. Diz respeito à agressão social, rejeição, opressão, intimidação e crueldade psicológica para com subordinados e/ou colegas.
Quem nunca se viu vítima de constantes piadinhas, apelidos maldosos e xingamentos? Seja em família, escola e até mesmo no trabalho? Infelizmente é mais comum do que se pensa.
O bullying apresenta características muito próprias:
1- Acontece em todos os espaços onde há relacionamentos interpessoais, principalmente onde há hierarquia de poderes: família, escolas (inclusive de níveis superiores), forças armadas prisões, instituições sociais, bem como em empresas públicas e privadas.
2- Os comportamentos mais frequentes são os de intimidação por meio de insultos, brincadeiras de mau gosto, constrangimentos, hostilidades, acusações indevidas, isolamento, entre outras.
3- Causam sequelas emocionais como insegurança, depressão, estresse, baixa estima, gastrites, insônia, tentativas de homicídio e suicídio. Quanto aos prejuízos sociais há o abandono do emprego, curso ou trabalho, dificuldades financeiras e de convívio social.
4- Estas ações podem apresentar-se de modo explícito e/ou implícito por meio de:
- Críticas severas e descabidas;
- Piadas, xingamentos, humilhações na presença de outros funcionários;
- Exigências irreais no cumprimento de metas;
- Desqualificação do profissional em avaliações de desempenho;
- Exclusão do mesmo em promoções e cursos oferecidos pela empresa;
- Isolamento do resto da equipe, a famosa “geladeira”.
Pesquisas mostram que a prática maciça de bullying já chegou às empresas brasileiras, trazendo muitos prejuízos como a alta rotatividade de funcionários, absenteísmo, afastamentos por tratamento de saúde, altos custos em treinamentos, campanhas e palestras para identificação de processos de bullying, bem como processos trabalhistas.
O que fazer quando se constata ser vítima de bullying no ambiente de trabalho?
- Use os serviços de Ouvidoria ou RH que geralmente as empresas disponibilizam para contato mais estreito com seus colaboradores. - Evite ficar calado porque isso colabora para que a prática se es¬tenda indefinidamente.
- Abra um processo legal, é uma opção válida e de direito de todos. Para isso, guarde toda e qualquer prova, visto que uma denúncia deve ser sempre comprovada.
- Tome consciência de que existe um problema fora do âmbito de seu desempenho. A vítima de bullying tem sempre a tendência de achar que ela não é boa o suficiente para a função, visto que já está fragilizada.
- Anote todos os momentos em que a prática do bullying aconteceu. Registre a situação desencadeadora, as reações, bem como o local, a data e hora dos fatos. Se possível, agregue uma testemunha ou imagem.
Por se tratar de um problema mundial, algumas iniciativas contra o bullying vêm sendo tomadas, tanto no âmbito público quanto no privado. Estas iniciativas têm como objetivo alertar e coibir a disseminação desta prática na escola para que estes mesmos jovens, hoje alunos, possam ter ambientes de trabalho mais saudáveis no futuro.
INICIATIVAS PÚBLICAS
1- O Conselho Nacional de Justiça lançou uma cartilha de prevenção contra o bullying.
2- A Lei 14957 - Decreto Nº 51.290, de 11 de Fevereiro de 2010- Sancionada para ajudar no combate ao bullying nas escolas públicas do Município de São Paulo.
INICIATIVAS EM EMPRESAS
- Investigação da real situação de bullying: como, onde, quando e com quem estão acontecendo os conflitos;
- Programação de ações no seu com¬bate, por meio de palestras, vivências e treinamentos, visando ampliar os conhecimentos sobre esta prática tão nociva;
- Cultivo de uma política de tolerância zero à prática do bullying;
- Investigação e resolução de toda e qualquer queixa de colaboradores.
Estas posturas ainda não fazem parte constante do cenário atual de nossas empresas, pois ainda há quem atribua a prática do bullying apenas a uma questão de índole de quem a pratica, minimizando a influência negativa que o modelo de gestão centrado no abuso da autoridade possa desencadear.
Infelizmente ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas o que importa é estarmos no caminho certo.
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