terça-feira, 16 de junho de 2015

O que fazer se o entrevistador do processo seletivo for antipático

Entrevistas de emprego são sempre um mistério. O ambiente pode ser agradável e o entrevistador simpático ou o local pode parecer uma sala de interrogatório com alguém muito sério fazendo as perguntas. Seria bom se as organizações informassem aos candidatos como e onde a entrevistas acontecerá.
É impossível prever como será a pessoa que fará a entrevista. Muitos não sabem o que fazer se o entrevistador for antipático ou grosseiro. Tudo depende do candidato e de como ele estiver no dia. Se a pessoa estiver tiver esperanças e quiser conhecer outras pessoas da equipe, é importante ficar.
No entanto, é importante dizer que boas companhias não tentem dificultar o processo de entrada de novos funcionários. Quem trata candidatos mal não tende a fazer diferente com seus empregados.
Caso decida ficar na entrevista mesmo sabendo que a pessoa com quem está conversando não é muito agradável, lembre-se de não deixar que seja grosseira. Se ela tentar cortar o que está sendo falado, pergunte se eles estão com pressa e peça orientações mais diretas do que deve ser dito. Às vezes o entrevistador tenta ser objetivo porque o tempo para falar com os candidatos é curto. Se for o caso, sugira que eles mandem um guia para os candidatos que forem fazer o processo seletivo.
Lembre-se que entrevistadores se esforçam para achar defeitos nos candidatos, porque precisam fazer escolhas. Eles estão sempre em busca de falhas, porque não querem mostrar aos gestores que têm dúvidas sobre quem é a melhor pessoa para o cargo.
Não há muito que fazer caso o profissional de recursos humanos fique apontando defeitos na sua carreira profissional ou nas suas escolhas. Mas se quem fizer isso for a mesma pessoa que será seu chefe, não pense duas vezes: essa empresa não é o melhor local para trabalhar.
Pessoas mostram como são pelo jeito como tratam outras. Não vá atrás de um emprego que não merece o esforço e não dá valor aos candidatos.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Como manter uma boa equipe

Funcionários talentosos são o espírito de qualquer negócio. Sem uma equipe boa e preparada, cumprir as tarefas do dia a dia é muito mais difícil e trabalhoso. Porém, com diversas pessoas qualificadas o ego, a ambição financeira e outros aspectos pessoais podem se sobressair e atrapalhar o grupo.

Há maneiras de contornar essa situação e manter o ambiente de trabalho estável e harmonioso. Veja cinco maneiras de manter seu time alinhado e unir as qualidades de cada um:

Cultive mais diferenças que semelhanças

Funcionários talentosos não são iguais. Não tente adotar medidas iguais para todos, porque cada um tem um jeito único. Se todos forem iguais e pensarem da mesma maneira nenhum deles será mais talentoso.


Recompense as pessoas de maneira personalizada

Como todos são diferentes, faz sentido tratá-los de formas diferentes. Conheça a personalidade de cada um e respeite o modo como eles gostam de trabalhar, desta forma é possível entender o que os motiva.


Dê escolhas aos funcionários

Há duas maneiras de se aproximar dos seus empregados: coletar dados implícita e explicitamente. A primeira pode ser feita os observando a tirando conclusões, a outra, perguntando. Ambas são boas, mas o ideal é usar as duas.

É importante perguntar o que ele prefere entre flexibilidade e salário mais alto, por exemplo. Eles precisam participar das decisões.

Recompense quem é justo, não penalize

Se um empregado disser que prefere ficar mais tempo com a família a ganhar mais, ele não deve ser prejudicado. Preferências pessoais, como não viajar a trabalho, devem ser respeitadas. Elas não dizem nada sobre talento ou potencial.


Aumente

Se a prioridade é manter uma equipe talentosa, não há escolha se não criar uma estratégia de crescimento para o negócio, caso contrário todos os anos serão iguais.

Redes sociais ajudam ou prejudicam no campo profissional?


A tendência de utilizar a internet para buscar oportunidades de emprego é uma realidade no Brasil. Grande parte da população tem acesso à rede mundial de computadores e o uso dessa ferramenta por profissionais em busca de emprego vem crescendo a cada dia. Do outro lado, especialistas em recrutamento e seleção também recorrem a sites especializados e algumas redes sociais em busca dos melhores profissionais para preencher suas vagas.

As redes sociais profissionais possibilitam identificar de forma mais ágil os cargos e as empresas nas quais o candidato trabalhou e as experiências que tem. Já nas redes sociais focadas em relacionamento é possível verificar aspectos comportamentais desse candidato - e é justamente nesse ponto que eles devem prestar muita atenção. Algumas empresas eliminam candidatos de processos seletivos com base no que veem aí e isso é um alerta para quem está em busca de oportunidades.

Essas páginas são uma fonte muito rica de informações sobre o cotidiano e o comportamento do candidato. Quando o selecionador quer saber se ele está realmente alinhado com a cultura organizacional e os valores éticos da empresa, busca indicadores através dessas redes.

Considerando todos esses pontos, chegamos à conclusão que buscar oportunidades de emprego através da rede pode ser sim muito proveitoso, mas é preciso ter cautela!

O profissional que opta por não ter perfil em redes pode ficar em desvantagem em relação aos concorrentes, mas quem não abre mão de fazer parte das mídias sociais deve ter em mente que poderá sim ser monitorado por pretensos e atuais empregadores.

Quando postamos, compartilhamos ou curtimos algo, estamos de certa forma, expondo um pouco dos nossos valores, da nossa forma de ver o mundo e da nossa essência. Uma simples foto pode revelar muito sobre nossa personalidade e é justamente no que diz as entrelinhas que as empresas estão de olho! Dificilmente uma empresa contratará para sua equipe um candidato cujo perfil demonstre tendência a vícios, falhas de caráter e preconceitos.

O perfil nas redes pode ser um meio muito interessante para expressar suas ideias, mostrar sua personalidade e fazer networking. Sendo assim, é recomendável se munir de profissionalismo e bom senso, fazendo dessas ferramentas suas aliadas. Alguns cuidados podem ajudar:

Evite postar indiretas: desabafar e tentar resolver picuinhas nas redes demonstra imaturidade e pega muito mal!

Jamais fale mal de empresas que trabalhou ou de antigos chefes: por mais que tenha seus motivos, os selecionadores sempre torcem o nariz para esse tipo de atitude.

Não poste fotos comprometedoras: mesmo que você não tenha adicionado seus colegas de trabalho ou seu gestor, foto de biquíni (ou de sunga) não pega bem.

Não comente informações estratégicas da empresa onde trabalhou: mesmo que indiretamente, postar informações estratégicas pode custar seu emprego ou a possibilidade de um novo.

Cuidado com comentários aparentemente inocente: comentário do tipo “Ainda bem que é sexta-feira!!” pode ser interpretado pelo seu chefe como uma reclamação.

Não force intimidade com seus superiores: se quer adicionar seu chefe na rede social, antes tenha certeza que vocês de fato têm uma relação próxima o bastante, caso contrário você estará forçando uma intimidade que não existe. Nem pense em adicionar o recrutador que te chamou para uma entrevista hoje de manhã

Para finalizar, mantenha sua identidade. Não vale criar um perfil da pessoa que você acredita que as empresas estejam buscando. Aproveite as redes para mostrar seus valores de forma inteligente.

Certamente as oportunidades surgirão!

terça-feira, 2 de junho de 2015

Como saber se seu chefe não está interessado no autodesenvolvimento

Muitos líderes tendem a não querer melhorar ou pelo menos não colocam isso como uma prioridade em suas vidas. Porém, desenvolver-se é uma maneira de aperfeiçoar todas diversas competências e deveria ser algo muito importante.
Por mais que haja milhares de e-mails para responder, problemas para resolver no dia a dia, metas que os chefes passam, mas se líderes dedicarem um pouco de sem tempo e energia para melhorarem, todos sairão ganhando.

Existem cinco motivos principais pelos quais as pessoas falham no processo de autodesenvolvimento. Vejam quais são a seguir:

Não sabem escutar
Pessoas que querem melhorar precisam desenvolver a capacidade de ser bons ouvintes. Quem não consegue ouvir acabam trabalhando em cima de problemas que não são os mais importantes. Essa habilidade envolve escutar tanto novos conteúdos quanto sentimentos de outras pessoas

Não estão abertos a ideias dos outros
A primeira resposta de algumas pessoas a sugestões é sempre negativa. Elas podem achar que suas próprias ideias são melhores ou podem ficar ofendidas que alguém as ofereça um feedback. Reagir mal a opiniões desmotiva outras pessoas a darem sugestões, o que é muito ruim para o processo de desenvolvimento.

Não são honestos eles mesmos
Pessoas que são sinceras têm maior tendência a aceitarem fatos sobre elas. Quando pessoas não são honestas com outros, dificilmente serão com elas mesmas. É comum que algumas pessoas não aceitem características delas, porém, isso é prejudicial ao processo de melhora, porque só quando se consegue identificar o erro é possível se desenvolver.

Não dedicam tempo para desenvolver quem está ao seu redor
Desenvolvimento é contagiante. Quando líderes ajudam outros a melhorar, isso se espalha. Se engajar em processos de autodesenvolvimento mostra que você acredita nisso e incentivará outros a fazerem o mesmo.

Não têm iniciativa
Adquirir conhecimento, aprender novas habilidades ou mudar práticas antigas exige iniciativa. Isso significa fazer mais do que o seu papel exige que você faça, ou seja, estar um passo à frente antes que algo dê errado. É normal achar que talento é sorte, porém é uma questão de prática e de procurar oportunidades.

Como explicar que você quer mudar de emprego pelo salário

Ao contrário do que muitos pensam, não há problema em trocar de emprego por querer um salário maior. Não é preciso ter vergonha, é um motivo digno. O importante é saber como lidar com essa questão frente a quem está te contratando.

Quando o recrutador perguntar o motivo da mudança de trabalho não responda que você precisa de mais dinheiro. “Precisar” passa a impressão de que o seu emprego atual não paga o suficiente.

O ideal é dizer que você quer ampliar seus horizontes com um cargo mais alto, um papel melhor em outra empresa. Mostra que você está pronto para dar um novo passo, o que inclui, logo, um salário mais alto.

É normal que o recrutador pergunte por que você deveria ser contratado e se está apto a dar esse passo. A melhor resposta é se vender bem, não só ao exaltar suas qualidades, mas mostrar que está disposto a se dedicar ao emprego.

Evite falar sobre seu salário, isso não é da conta do recrutador e, pior, pode limitar o quanto oferecerão para a vaga.

Quer ser ouvido? Fale pouco e escute muito

Geralmente, a pessoa mais persuasiva, que é mais ouvida e respeitada por seus colegas, é a que fala pouco e, normalmente, fala por último. Para alguns, ficar em silêncio é como não estar lá. Porém, nem sempre é verdade. Estar quieto, muitas vezes, é estar prestando atenção, ouvindo outras pessoas. Ouvir é muito mais persuasivo do que falar.

Argumentar parece ser o principal modo de convencer alguém, porém não muda as ideias de ninguém e só torna as pessoas mais intransigentes. O silêncio é uma arma muito poderosa, apesar de pouco valorizada, porque permite que se ouça o que está sendo dito e mais: o que não está. Sempre há mais do que é colocado em palavras, as pessoas deixam de expressar algumas opiniões ou sentimentos.

Depois de ouvir é possível falar com base, remetendo ao que todos na sala disseram, tornando-os mais próximos e atentos ao discurso. Deixar claro que todas as opiniões foram consideradas evita que as pessoas discutam, porque a fala de quem escutou a todos é considerada a mais sábia. Estar sempre disposto a aprender com os outros ajuda a ser confiante e persuasivo.

O silêncio deve ser usado com respeito, nunca como um jogo ou como uma maneira de manipular os outros.

Ficar quieto e só ouvir é um desafio, por isso não é comum que as pessoas o façam. Requer paciência e calma para escutar opiniões e pessoas que não agradam. Mas é necessário adquirir essa habilidade para trabalhar em equipe e ainda mais para ser um líder.

A pressão por falar dificulta a missão de ficar quieto. Poucos resistem, por isso é raro ter momentos em silêncio em reuniões, por exemplo.

Evite sempre responder suas próprias questões. Mesmo que logo depois da pergunta ninguém fale, é preciso esperar até que alguém se manifeste. Assim, é possível ouvir as pessoas mais atentamente e perceber o que está por trás das palavras.

Falta de cuidados com saúde mental afeta funcionários e empresas

Grande parte das horas que se passa acordado é dedicada ao trabalho. Durante esse período, o ambiente é fulcral na hora de ajudar a saúde mental dos funcionários. No entanto, as companhias raramente se preocupam com o tema e muitos empregados sentem isso na pele.

Há medidas que patrões podem tomar para reduzir o estresse de seus funcionários, mas as empresas precisam reconhecer a importância da saúde mental de seus empregados.

De acordo com a consultoria de saúde Substance Abuse and Metal Health Services Administration, uma a cada cinco pessoas foi diagnosticada com problemas de saúde mental no último ano. A maioria tem problemas como depressão e ansiedade. Funcionário com essas doenças custam às empresas bilhões de dólares por ano. Estima-se que 217 milhões de dias de trabalho sejam perdidos pela diminuição de produtividade de empregados com problemas.

Além disso, nos Estados Unidos, doenças psiquiátricas estão em quinto lugar nas causas de incapacidade a curto prazo e em terceiro como motivo de afastamento a longo prazo.

Funcionários estão estressados

Em outro estudo, consultoria norte-americana Xerox mostrou que 84% dos empregados dizem acreditar que ter grandes responsabilidades na empresa gera bem estar. Entretanto, a pesquisa constatou que o desempenho dos funcionários está acima do bem estar e do estresse relacionado ao trabalho.

Apesar da boa intenção das empresas, a pesquisa revelou que 53% dos norte-americanos estão com o nível de estresse acima da media. Além disso, 33% afirmam que o estresse aumentou nos últimos cinco anos. Esse é um dos principais fatores que podem desencadear problemas psiquiátricos e motivar doenças como depressão e ansiedade.

O problema da falta de tratamento

Quando as pessoas são diagnosticadas com problemas físicos, como diabetes, eles não esperam para procurar tratamento. As doenças psiquiátricas, por outro lado, ficam sem ser tratadas por anos. O problema é que, sem tratá-las, elas podem piorar e ficar ainda mais difíceis de curar.

A boa notícia é que a maioria das doenças psiquiátricas é tratável. Mas cabe a pessoa identificar os sintomas e procurar ajuda. Outro problema é que nem todos podem pagar um tratamento psicológico ou psiquiátrico.

5 tipos de pergunta que nenhum recrutador quer ouvir

É importante tirar todas as suas dúvidas quando for a uma entrevista de emprego. Tudo que você for fazer deve ficar claro, especialmente se você não estiver disposto a trabalhar com determinadas funções. Porém, é necessário ter atenção para não ser inconveniente e não passar uma má impressão para quem está te entrevistando.

Veja na galeria de fotos cinco tipos de pergunta que não se deve fazer durante uma entrevista:

Perguntas que insinuem que você não quer o emprego

Não tente fugir do emprego mesmo antes de consegui-lo. Perguntar se é possível trabalhar de casa ou se outra pessoa pode trabalhar no seu lugar pode passar uma péssima impressão para a pessoa que está te entrevistando. Além disso, evite perguntar sobre promoções, você ainda não conseguiu a vaga.

Questões que mostrem que você não pesquisou sobre a empresa ou pesquisou errado

Cuidado para não confundir a empresa com seus concorrentes! Pode tornar a entrevista constrangedora e mostra que você não conhece o lugar onde, teoricamente, quer trabalhar.
Se você não sabe sobre a empresa, não tente fazer perguntas sobre projetos e sobre o funcionamento da companhia. Isso te desqualifica como candidato e mostra desinteresse.


Perguntas que exponham que as suas habilidades não são o que a empresa precisa

Tente não questionar o entrevistador sobre partes do trabalho que você não gosta de fazer, especialmente se você souber que será necessário realiza-las no trabalho. Dizer que você “odeia” certas tarefas podem causar uma má impressão.

Aquelas em você quer passar a impressão de que é melhor que os outros candidatos

As perguntas em que você tenta falar demais sobre a empresa podem atrapalhar mais do que ajudar. É comum acabar falando sobre algum tema irrelevante tanto para a empresa quando para a entrevista.
Também não é bom tentar falar nomes de pessoas importantes, como o CEO da empresa. Você pode acabar falando o nome errado ou pronunciando da maneira incorreta.


Frases muito longas para disfarçar a pergunta

Não fique enrolando. Se quiser fazer uma pergunta, vá direto ao ponto. Palavras difíceis não impressionarão o recrutador, apenas tornarão a entrevista mais longa e cansativa. É importante ir direto ao ponto.

Currículo não é mais ferramenta para conseguir emprego


Recrutadores já não estão mais interessados no currículo dos entrevistados. Para encontrar o candidato ideal é preciso ouvir sobre experiências anteriores, como ele lida com trabalho em grupo, muito mais do que uma folha de papel tem a dizer. Hoje, ter um currículo bonito e bem escrito significa pouco na hora de ser contratado.

É comum que as pessoas, ao se prepararem para procurar um emprego, preocupem-se muito em fazer um documento bonito e completo, porque faz sentido usar o currículo como um facilitador para escolher bons candidatos. Em um processo de seleção com muitas pessoas pode ser um bom método para selecionar pessoas mais preparadas.

Porém, isso só vale para processos ou fases que não tem entrevistas, porque dificilmente o melhor candidato para a vaga será achado apenas pelo currículo. Esse meio de contratação é o último recurso que deve ser usado. Outros meios como recomendações internas, conexões pelo LinkedIn, conversas por redes sociais são usados por caçadores de candidatos.

Ter contatos também é mais significativo do que ter um bom currículo. Conhecer alguém importante pode abrir muitas portas no meio profissional e é possível conseguir um emprego sem apresentar nenhum tipo de documento. Para quem está contratando é melhor chamar alguém de confiança para trabalhar na empresa do que confiar apenas no que um papel diz.

Apostar que um currículo será a chave para ser contratado é enganar a si mesmo. Um papel não consegue transmitir entusiasmo, energia, liderança, capacidade de resolver problemas e, mesmo que possa, ele ainda precisa se diferenciar de tantos outros. Ser contratado apenas pelo documento é mais uma questão de sorte do que de reconhecimento de talento.

Atualmente, os trabalhos não são sobre quem se descreve melhor, mas sobre quem entende as limitações de se apresentar em um pedaço de papel.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

100 erros de português frequentes no mundo corporativo

mulher escrevendo

Especialistas advertem: tropeçar no português pode prejudicar a sua carreira. Mas é certo também que há erros que saltam aos olhos e há aqueles que quase passam despercebidos.
A lista de equívocos frequentes no mundo corporativo é grande e é bem provável que você já tenha cometido alguns deles. Para chegar aos 100 erros, EXAME.com consultou professores de português e também o livro de Laurinda Grion “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. De A a Z, confira os tropeços mais comuns e as dicas para nunca mais errar:
1 A/há
Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.
Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.

Explicação: Para indicar tempo passado usa-se o verbo haver.
2 A champanhe/ o champanhe
Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.
Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.

Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe” provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino, como defende a maioria dos gramáticos, explica Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional
3 A cores/ em cores
Erro: O material da apresentação será a cores
Forma correta: O material da apresentação será em cores

Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer material em cores, explica Laurinda Grion no livro "Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).
4 A domicílio/ em domicílio
Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio
Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio
Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a domicílio.
5 A longo prazo/ em longo prazo
Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.
Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças.

Explicação: Usa-se a preposição em nos seguintes casos: em longo prazo, em curto prazo e em médio prazo.
6 A nível de/ em nível de
Erro: A nível de reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo.
Forma correta: Em relação ao reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo

Explicação: De acordo com o professor Reinaldo Passadori, o uso de “a nível de” está correto quando a preposição “a” está aliada ao artigo “o” e significa “à mesma altura”. Exemplo: Hoje, o Rio de Janeiro acordou ao nível do mar. A expressão "em nível de" está utilizada corretamente quando equivale a "de âmbito" ou "com status de". Exemplo: O plebiscito será realizado em nível nacional.
7 À partir de/ a partir de
Erro: À partir de novembro, estarei de férias
Forma correta: A partir de novembro, estarei de férias.

Explicação: Não se usa crase antes de verbos
8 A pouco/ há pouco
Erro: O diretor chegará daqui há pouco.
Forma correta: O diretor chegará daqui a pouco.

Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer, a ideia é de futuro.
9 À prazo/ A prazo
Erro: Vamos vender à prazo
Forma correta: Vamos vender a prazo.

Explicação: Não se usa crase antes de palavra masculina.
10 À rua/ Na rua
Erro: José, residente à rua Estados Unidos, era um cliente fiel.
Forma correta: José, residente na rua Estados Unidos, era um cliente fiel.

Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem o uso da preposição em.
11 A vista/ à vista
Erro: O pagamento foi feito a vista.
Forma correta: O pagamento foi feito à vista.

Explicação: Ocorre crase nas expressões formadas por palavras femininas. Exemplos: à noite, à tarde, à venda, às escondidas e à vista.
11 Adequa/ adequada
Erro: O móvel não se adequa à sala
Forma correta: O móvel não é adequado à sala.

Explicação: Adequar é um verbo defectivo, ou seja, não se conjuga em todas as pessoas e tempos. No presente do indicativo são conjugadas apenas primeira e a segunda pessoa do plural (nós adequamos, vós adequais).
13 Agradecer pela/ agradecer a
Erro: Agradecemos pela preferência
Forma correta: Agradecemos a preferência

Explicação: O certo é agradecer a alguém alguma coisa. Exemplo: Agradeço a Deus a graça recebida.
14 Aluga-se/ alugam-se
Erro: Aluga-se apartamentos
Forma correta: Alugam-se apartamentos

Explicação: O sujeito da oração (apartamentos) concorda com o verbo.
15 Anexo/ anexa/ em anexo
Erro: Segue anexo a carta de apresentação.
Formas corretas: Segue anexa a carta de apresentação. Segue em anexo a carta de apresentação.

Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar com o substantivo a que se refere, em gênero e número. A expressão em anexo é invariável. Laurinda Grion, autora de "Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)" lembra que alguns estudiosos condenam o uso da expressão em anexo. Portanto, dê preferência à forma sem a preposição.
16 Ao invés de/ em vez de
Erro: Ao invés de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.
Forma correta: Em vez de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.

Explicação: “Ao invés de” representa contrariedade, oposição, o inverso. “Em vez de” quer dizer no lugar de. É uma locução prepositiva, sendo terminada em de normalmente.
17 Aonde/onde
Erro: Não sei aonde fica a sala do diretor
Forma correta: Não sei onde fica a sala do diretor

Explicação: O advérbio onde indica lugar em que algo ou alguém está. Deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Exemplo: Não sei onde fica a cidade de Araguari. O advérbio aonde indica também lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com "onde" exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim, o vocábulo "aonde". Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplo a seguir: aonde você irá depois das visitas?
18 Ao meu ver/ a meu ver
Erro: Ao meu ver, a reunião foi um sucesso
Forma correta: A meu ver, a reunião foi um sucesso.

Explicação: Não existe a expressão ao meu ver. As formas corretas são: a meu ver, a nosso ver, a vosso ver.
19 Às micro/ às micros
Erro: O pacote de tributos refere-se às micro e pequenas empresas
Forma correta: O pacote de tributos refere-se às micros e pequenas empresas

Explicação: Por se tratar de adjetivo, micro é variável e por isso deve ser grafada no plural quando for o caso.
20 Através/ por
Erro: Fui avisada através de um email de que a reunião está cancelada.
Forma correta: Fui avisada por email de que a reunião está cancelada.

Explicação: “Para muitos gramáticos, através se refere ao que atravessa”, diz Vivien Chivalski, do Instituto Passadori. Prefira “pelo e-mail”, “por email”.
21 Auferir/ aferir
Erro: No fim do expediente, o gestor deve auferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.
Forma correta: No fim do expediente, o gestor deve aferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.

Explicação: Os verbos aferir e auferir têm sentidos distintos. Aferir: conferir de acordo com o estabelecido, avaliar, calcular. Auferir: colher, obter, ter. Exemplo: O projeto auferiu bons resultados.
22 Aumentar ainda mais/ aumentar muito
Erro: Precisamos aumentar ainda mais os lucros.
Forma correta: Precisamos aumentar muito os lucros.

Explicação: Aumentar é sempre mais, não existe aumentar menos, conforme explica Laurinda Grion, no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. Portanto são formas redundantes: aumentar mais, aumentar muito mais e aumentar ainda mais.
23 Bastante/ bastantes
Erro: Eles leram o relatório bastante vezes.
Forma correta: Eles leram o relatório bastantes vezes.

Explicação: Para saber se bastante deve variar conforme o número é preciso saber qual a classificação dele na frase. Quando é adjetivo (como no caso acima) deve variar. Exemplo: Já há provas bastantes para incriminá-lo (= provas suficientes). Se for advérbio é invariável. Exemplo: Compraram coisas bastante bonitas (= muito bonitas). Se for pronome indefinido é variável. Exemplo: Vimos bastantes coisas (= muitas coisas). Se for substantivo, não varia, mas pede artigo definido masculino: Os animais já comeram o bastante (= o suficiente).
24 Bi-campeão /bicampeão
Erro: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bi-campeão mundial, sob o comando de Telê Santana.
Forma correta: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bicampeão mundial, sob o comando de Telê Santana.

Explicação: A forma correta de usar os prefixos numéricos “bi”, “tri”, “tetra”, “penta”, “hexa”, “hepta” (etc) é sem hífen. “O Novo Acordo Ortográfico nunca exigiu nem exige alteração gráfica”, diz o professor de língua portuguesa do Damásio Educacional, Diogo Arrais.
25 Caiu em/ caiu
Erro: O lucro caiu em 10%.
Forma correta: O lucro caiu 10%.

Explicação: O verbo cair, assim como aumentar e diminuir, não admite a preposição “em”. E no sentido de descer, ir ao chão, ser demitido, o verbo cair é intransitivo.
26 Chegar em/ chegar a
Erro: Chegamos em São Paulo, ontem.
Forma correta: Chegamos a São Paulo, ontem.

Explicação: o verbo exige a preposição a. Quem chega, chega a algum lugar, ou a alguma coisa.
27 Chove/ chovem
Erro: Chove emails com reclamações de clientes.
Forma correta: Chovem emails com reclamações de clientes.

Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impessoal e fica sempre o singular. Mas no sentido figurado, como acontece acima, flexiona-se normalmente.
28 Comprimento/cumprimento
Erro: Entrou e não me comprimentou.
Forma correta: Entrou e não me cumprimentou.

Explicação: Comprimento está relacionado ao tamanho, à extensão de algo ou alguém. Exemplo: Não sei o comprimento da sala. Cumprimento relaciona-se a dois verbos diferentes: cumprimentar uma pessoa (saudar) e cumprir uma tarefa (realizar). Exemplos: Cada pessoa tem um jeito de cumprimentar. O cumprimento dos prazos contará pontos na competição.
29 Consiste de/ consiste em
Erro: A seleção consiste de cinco etapas.
Forma correta: A seleção consiste em cinco etapas.

Explicação: Consistir é verbo transitivo indireto e requer complemento regido da preposição em.
30 Continuidade/ continuação
Erro: O sindicato optou pela continuidade da greve.
Forma correta: O sindicato optou pela continuação da greve.

Explicação: Continuidade refere-se à extensão de um acontecimento. Exemplo: dar continuidade ao governo. Continuação refere-se à duração de algo. Exemplo continuação da sessão.
31 Correr atrás do prejuízo/ correr atrás do lucro
Erro: É hora de correr atrás do prejuízo.
Forma correta: É hora de correr atrás do lucro.

Explicação: Pode-se correr do prejuízo, mas nunca deve-se correr atrás dele. A forma correr atrás do prejuízo não faz o menor sentido, diz Laurinda Grion, no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.
32 Da onde/ de onde
Erro: Fortaleza é a cidade da onde vieram nossos colaboradores.
Forma correta: Fortaleza é a cidade de onde vieram nossos colaboradores.

Explicação: A forma de onde indica origem. Não existe a forma “da onde”.
33 Daqui/ daqui a
Erro: Farei o pagamento daqui 5 dias.
Forma correta: Farei o pagamento daqui a 5 dias.

Explicação: o advérbio daqui é usado para indicar lugar ou tempo e pede a preposição a.
34 De encontro aos/ ao encontro dos
Erro: A sua ideia vem de encontro ao que a empresa precisa neste momento.
Forma correta: A sua ideia vem ao encontro do que a empresa precisa neste momento.

Explicação: De encontro a é estar em sentido contrário, em oposição a. Ao encontro de é estar de acordo, ideia de conformidade.
35  Debitou na/ debitou à
Erro: O banco debitou na minha conta a taxa.
Forma correta: O banco debitou à minha conta a taxa.

Explicação: quem debita, debita a.
36 Desapercebidas/ despercebidas
Erro: As mudanças passaram desapercebidas pelos nossos executivos
Forma correta: As mudanças passaram despercebidas.

Explicação: Desapercebido significa desprovido de, desprevenido. Exemplo: Não parei para cumprimenta-lo porque estava desapercebido. Despercebido significa não notado, não percebido. Exemplo: O erro passou despercebido pela equipe da redação do jornal.
37 Descrição/ discrição
Erro: Ela age com descrição.
Forma correta: Ela age com discrição.

Explicação: Descrição refere-se ao ato de descrever. Exemplo: Ela fez a descrição do objeto. (ela descreveu). Discrição significa ser discreto.
38 Descriminar/ discriminar
Erro: Descrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.
Forma correta: Discrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.

Explicação: Descriminar significa absolver, inocentar. É o que o prefixo “des” faz – indica uma ação no sentido contrário – e, nesse caso, quer dizer tirar o crime. Exemplo: Ele falou em descriminar o uso de algumas drogas Discriminar significa distinguir, separar, diferenciar, especificar. Isso pode ser feito com ou sem preconceito. Quando há preconceito, o sentido é de segregação. Exemplo: A discriminação racial deve ser combatida sempre.
39 Devidas providências
Erro: Peço as devidas providências.
Forma correta: Peço providências

Explicação: Trata-se de um vício de linguagem, segundo Vivien Chivalski, do Instituto Passadori - Educação Corporativa. O adjetivo (devidas) é desnecessário e redundante. “Quem pediria providências indevidas”, diz Vivien.
40 Dispor/dispuser
Erro: Se ele dispor de tempo, poderá atende-lo em breve.
Forma correta: Se ele dispuser de tempo, poderá atende-lo em breve.

Explicação: A conjugação correta do verbo dispor na terceira pessoa do singular no futuro do pretérito é se ele dispuser. A conjugação acompanha a do verbo pôr.
41  Dois por cento/ dois pontos percentuais
Erro: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de 8%, tendo havido queda de 2%.
Forma correta: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de 8%, tendo havido queda de 2 pontos percentuais.

Explicação: A queda de 10% para 8% não é de 2% e, sim, de 2 pontos percentuais.
42 E nem/ nem
Erro: O funcionário não sabe escrever e nem ler.
Forma correta: O funcionário não sabe escrever nem ler.

Explicação: A conjunção nem significa “e não”.
43 Em confirmação à/ em confirmação da
Erro: Em confirmação à minha proposta, envio os valores para execução do serviço.
Forma correta: Em confirmação da minha proposta, envio os valores para execução do serviço.

Explicação: Confirmação é um substantivo feminino que pede a preposição “de”.
44 Em mãos/ em mão
Erro: O envelope deve ser entregue em mãos.
Forma correta: O envelope deve ser entregue em mão.

Explicação: Ninguém escreve a mãos, nem fica em pés. O correto é em mão, cuja abreviatura é E. M.
45 Em vias de/ em via de
Erro: Estou em vias de finalizar o projeto.
Forma correta: Estou em via de finalizar o projeto.

Explicação: A locução é “em via de” e significa “a caminho de”, “prestes a”.
46  Eminente/ iminente
Erro: A falência é eminente.
Forma correta: A falência é iminente.

Explicação: Eminente é um adjetivo que significa alto, grande, elevado, saliente, pessoa importante, notável. Exemplos: Era um eminente orador. A montanha eminente surge na paisagem. Iminente também é um adjetivo e indica que algo está prestes a acontecer. Exemplo: A sua morte é iminente.
47  Ensinar a executarem/ ensinar a executar
Erro: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executarem as tarefas.
Forma correta: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executar as tarefas.

Explicação: Não se flexiona infinitivo com preposição que funcione como complemento de substantivo, adjetivo ou do próprio verbo principal. Exemplo: As mulheres conquistaram o direito de trabalhar fora de casa.
48  Entre eu e ele/ entre mim e ele
Erro: Entre eu e ele não há conversa nem acordo.
Forma correta: Entre mim e ele não há conversa nem acordo.

Explicação: Os pronomes pessoais do caso reto exercem função de sujeito (ou predicativo do sujeito) e não de complemento.
49  Falta/faltam
Erro: Falta 30 dias para minhas férias começarem
Forma correta: Faltam 30 dias para minhas férias começarem.

Explicação: O verbo deve concordar com o sujeito da frase. Laurinda Grion, autora de “Os erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva, ensina um macete para encontrar o sujeito: “pergunte, antes do verbo, quem é que...? (para pessoas) ou que é que...? (para coisas)”. No exemplo acima a resposta é: 30 dias faltam.
50 Fazem /faz
Erro: Fazem oito semanas que fui promovida.
Forma correta: Faz oito semanas que fui promovida.

Explicação: Verbo fazer quando sinaliza tempo que passou fica na 3ª pessoa do singular.
51 Fazer uma colocação/ emitir uma opinião
Erro: Deixe-me fazer uma colocação a respeito do tema da reunião.
Forma correta: Deixe-me emitir uma opinião a respeito do tema da reunião.

Explicação: o padrão formal é emitir uma opinião e não fazer uma colocação, embora esta seja uma forma bastante usada.
52 Ficou claro/ ficou clara
Erro: Ficou claro, após a reunião, a necessidade de corte de gastos.
Forma correta: Ficou clara, após a reunião, a necessidade de corte de gastos.

Explicação: A necessidade de corte de gastos é o que ficou clara, durante a reunião.
53 Foi assistida/ assistiu à
Erro: A palestra foi assistida por muita gente
Forma correta: Muita gente assistiu à palestra.

Explicação: Verbo assistir no sentido de ver, presenciar, é transitivo indireto e a voz passiva só admite verbos transitivos diretos.
54 Fosse... comprava/ fosse...compraria
Erro: Se eu fosse você eu comprava aquela gravata.
Forma correta: Se eu fosse você eu compraria aquela gravata.

Explicação: Atente à correlação verbal. Imperfeito do subjuntivo (se eu fosse) é usado com o futuro do pretérito (compraria). 
55 A grosso modo/ grosso modo
Erro: O que quero dizer, a grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.
Forma correta: O que quero dizer, grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.

Explicação: A expressão é “grosso modo”, sem a preposição a.
56 Guincho/guinchamento
Erro: Sujeito a guincho
Forma correta: Sujeito a guinchamento

Explicação: Guincho é o veículo que faz a ação, isto é, o guinchamento. 
57 Há 10 anos atrás/ há 10 anos
Erro: Há 10 anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.
Formas corretas: Há 10 anos, eu decidi comprar um imóvel. Dez anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.

Explicação: É redundante usar “há” e “atrás” na mesma frase. O verbo haver impede a palavra atrás em seguida sempre que estiver relacionado a tempo, à ação que já se passou. Há, portanto, duas formas corretas para a frase: “há dez anos” ou “dez anos atrás”.
58 Hora/ora
Erro: Você pediu minha decisão, por hora ainda não a tenho.
Forma correta: Você pediu minha decisão, por ora ainda não a tenho.

Explicação: A expressão “por hora”, quando escrita com a letra “h”, refere-se ao tempo, a marcação em minutos. Exemplo: O carro estava a cento e vinte quilômetros por hora. A expressão “por ora”, quando escrita sem o “h”, dá a ideia de no momento ou agora. É um advérbio de tempo, expressa sentido de por enquanto, no momento, atualmente. Exemplo: “Por ora estou muito ocupado”.
59 Horas extra/ horas extras
Erro: Você deverá fazer horas extra para terminar o relatório.
Forma correta: Você deverá fazer horas extras para terminar o relatório.

Explicação: Neste caso, extra é um adjetivo e, portanto, é variável.
60 Houveram/houve
Erro: Houveram rumores sobre um anúncio de demissão em massa.
Forma correta: Houve rumores sobre um anúncio de demissão em massa.

Explicação: Haver no sentido de existir não é usado no plural.
61 Implicará em/implicará
Erro: A sua atitude implicará em demissão por justa causa.
Forma correta: A sua atitude implicará demissão por justa causa.

Explicação: o verbo implicar, quando é transitivo direto, significa “dar a entender”, “pressupor” ou “trazer como consequência”, “acarretar”, “provocar”. E se a transitividade é direta, isso quer dizer que não pede preposição.
62 Independente/ independentemente
Erro: Independente da proposta, minha resposta é não.
Forma correta: Independentemente da proposta, minha resposta é não.

Explicação: Independente é adjetivo e independentemente é advérbio. O enunciado acima pede o advérbio.
63 Insisto que/ insisto em que
Erro: Insisto que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.
Forma correta: Insisto em que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.

Explicação: O verbo insistir é transito indireto, quando objeto for uma coisa usa-se a preposição em e a preposição com aparece quando há referência a uma pessoa. Exemplo: Insisto nisso com o diretor.
64 Junto a/ no/ ao
Erro: Solicite junto ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.
Forma correta: Solicite ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.

Explicação: As locuções “junto a, junto de” são sinônimas e significam "perto de", "ao lado de". Não cabem na frase acima. Para você lembrar, não desconte cheques junto ao banco e sim com o banco. Não renegocie uma dívida junto aos credores e sim com os credores Evite empregar a expressão “junto a” em lugar de com, de, em e para. Assim, em lugar de “conseguimos apoio junto à equipe” escreva “conseguimos apoio da equipe”, indica Vivien Chivalski, facilitadora do do Instituto Passadori - Educação Corporativa.
65 Maiores informações/ mais informações
Erro: Caso precise de maiores informações, entre em contato conosco.
Forma correta: Caso precise de mais informações, entre em contato conosco.

Explicação: Conforme explica Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “maior” é comparativo, não deve ser utilizado nesse caso.
66 Mal/ mau
Erro: Era um mal funcionário e foi demitido.
Forma correta: Era um mau funcionário e foi demitido

Explicação: Reinaldo Passadori, professor e CEO do Instituto Passadori, explica que mau e bom são adjetivos, ou seja, conferem qualidade aos substantivos, palavras que nomeiam seres e coisas. Exemplos: “Ele é bom médico” e “Ele é mau aluno”. Por outro lado, mal e bem podem exercer três funções distintas. Exercem a função de advérbios, modificam o estado do verbo, por exemplo: “Seu filho se comportou mal na escola” e “ele foi bem aceito no novo trabalho”. Como conjunção, servindo para conectar orações, como em “Mal chegou e já se foi”. Essas palavras também têm a função de substantivos, por exemplo: “Você é o meu bem” e “o mal dele é não saber ouvir”.
67 Mal humorado/ mal-humorado
Erro: Estava mal humorado e isso afetou a todos da equipe.
Forma correta: Estava mal-humorado e isso afetou a todos da equipe.

Explicação: Diogo Arrais, professor do Damásio Educaional, explica que as formações vocabulares com MAL- exigem hífen caso a palavra principal inicie-se por vogal, h ou l: mal-estar, mal-empregado, mal-humorado, mal-limpo.
68 Mão-de-obra/ mão de obra
Erro: A falta de mão-de-obra qualificada é um dos gargalos da economia brasileira.
Forma correta: A falta de mão de obra qualificada é um dos gargalos da economia.

Explicação: Com palavras justapostas (uma após a outra) em que haja um termo de ligação (geralmente uma preposição ou conjunção) não se usa hífen, segundo Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori de Educação Corporativa.
69 Meio-dia e meio/ meio-dia e meia
Erro: Entregarei o relatório ao meio-dia e meio.
Forma correta: Entregarei o relatório ao meio-dia e meia.

Explicação: O termo meio pode ter duas funções: adjetivo e advérbio, segundo explica Laurinda Grion no livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer). Quando advérbio, meio quer dizer “um pouco” e é invariável. Quando adjetivo, meio quer dizer “metade de” e é variável, ou seja, concorda com o termo a que se refere.
70 No aguardo/ ao aguardo
Erro: Fico no aguardo da sua resposta.
Forma correta: Fico ao aguardo da sua resposta.

Explicação: O certo é “ao aguardo de”, “à espera de”, segundo Laurinda Grion, autora do livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).
71 No ponto de/ a ponto de
Erro: A demanda da chefia é tão alta, que estou no ponto de mandar tudo às favas.
Forma correta: A demanda da chefia é tão alta, que estou a ponto de mandar tudo às favas.

Explicação: Para dar a ideia de estar “prestes a”, “na iminência de”, use a expressão “a ponto de”, indica Laurinda Grion.
72 O mesmo/ele
Erro: Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar.
Forma correta: Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra parado neste andar.

Explicação: De acordo com Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “o mesmo” não serve para substituir uma palavra anteriormente dita. Quem está nas empresas, portanto, deve preferir os pronomes ele(s) ou ela(s), cuidando para adequar a partícula “se” à nova sentença.
73 Onde/ em que
Erro: Vamos à reunião onde decidiremos os rumos da companhia.
Forma correta: Vamos à reunião em que decidiremos os rumos da companhia.

Explicação: de acordo com Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, reunião não é lugar e as palavras onde e aonde se referem apenas a lugares. Prefira “a reunião em que” ou “na qual decidiremos sobre”.
74 O quanto antes/ quanto antes
Erro: Voltarei ao escritório o quanto antes.
Forma correta: Voltarei ao escritório quanto antes.

Explicação: Antes da locução adverbial “quanto antes” não se usa artigo definido “o”, diz Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.
75 Parcela única/ de uma só vez
Erro: O pagamento será feito em parcela única.
Forma correta: O pagamento será feito de uma só vez.

Explicação: Parcela significa parte de um todo, diz Laurinda Grion. Logo se não há parcelamento, o certo é dizer “de uma só vez”.
76 Por que / porque
Erro: Não a vi ontem por que eu estava fora da cidade.
Forma correta: Não a vi ontem porque eu estava fora da cidade.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, explica: porque é uma conjunção e serve para ligar duas ideias, duas orações. É usado ando a segunda parte apresenta uma explicação ou causa em relação à primeira. A forma “por que” é um advérbio interrogativo de causa e é usada quando pedimos por uma causa ou motivo. Caso mais incomum para o uso da forma “por que” é quando ela pode ser substituída por “para que”, “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, pelas quais. Exemplos: Lutamos por que (para que) a obra terminasse antes da inauguração. Este é o caminho por que (pelo qual) passamos.
77 Porquê/ por quê
Erro: A diretriz mudou, não sei porquê.
Formas corretas: A diretriz mudou, não sei por quê. A diretriz mudou, não sei o porquê.

Explicação: Segundo explicação de Viven Chivalski, “porquê” substitui as palavras razão, causa ou motivo. É um substantivo e, como tal, tem plural e pode vir acompanhado por artigos, pronomes e adjetivos. A palavra geralmente é antecedida de artigo “o” ou “um”.
Use a expressão “por quê” quando ela estiver no fim da frase. Alguns autores dizem que isso vale também quando houver uma pausa, uma vírgula, não importa que seja pergunta ou não, diz Vivien. Exemplos: Não aprovaram a proposta e não sabemos por quê. Não temos o resultado da concorrência. Por quê? Não sabemos por quê, onde e quando tudo aconteceu.

78 Penalizado/ punido
Erro: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.
Forma correta: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.

Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de castigar, o certo é usar o verbo punir, indica Laurinda Grion.
79 Por causa que/ porque/ por causa de
Erro: Não fui à aula por causa que está chovendo muito.
Formas corretas: Não fui à aula porque está chovendo muito. Não fui à aula por causa da chuva.

Explicação: O certo é usar “porque” ou “por causa de”. 
80  Por cento veio/ por cento vieram
Erro: Entre os funcionários, 15% é contra a mudança de sede. 
Forma correta: Entre os funcionários 15% são contra a mudança de sede.

Explicação: Números percentuais exigem concordância.
81 Precaver/ prevenir
Erro: É importante que a empresa se precavenha contra invasões.
Forma correta: É importante que a empresa se previna contra invasões.

Explicação: O verbo precaver é defectivo, não tem todas as conjugações. No presente do indicativo só existem a 1ª e 2ª pessoa do plural (precavemos e precaveis) e não existe presente do subjuntivo. 
82 Precisam-se/ precisa-se
Erro: Precisam-se de bons vendedores.
Forma correta: Precisa-se de bons vendedores.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, explica que sempre que houver uma preposição depois do pronome “se” (de, por, para, com, em, etc.) não haverá plural, apenas singular. Exemplo: Trata-se de ideias inovadoras.
83 Prefiro ... do que/ prefiro... a
Erro: Prefiro sair mais tarde do trabalho do que ficar parado no trânsito.
Forma correta: Prefiro sair mais tarde do trabalho a ficar parado no trânsito.

Explicação: Não há necessidade do comparativo “do que” porque, conforme a explicação de Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, não há comparação. “Não há necessidade de palavras como mais, mil vezes, do que”, diz o professor. 
84  Preveram/ previram
Erro: Os analistas preveram tempos de crise.
Forma correta: Os analistas previram tempos de crise.

Explicação: A conjugação do verbo prever segue a do verbo ver. Logo, se o certo é dizer eles viram, é certo dizer eles previram.
85 Quadriplicar/ quadruplicar
Erro: O número de funcionários quadriplicou no ano passado.
Forma correta: O número de funcionários quadruplicou no ano passado.

Explicação: Quádruplo é o numeral e significa multiplicativo de quatro, quantidade quatro vezes maior que outra. Quadruplicação, quadruplicar e quádruplo são as formas corretas, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria comete)”, da editora Saraiva.
86 Qualquer/ nenhum
Erro: Informo-lhes que não mantenho qualquer tipo de vínculo com a Construtora XYZ Ltda.
Forma correta: Informo-lhes que não mantenho nenhum tipo de vínculo com a Construtora XYZ Ltda.

Explicação: De acordo com a explicação de Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva, qualquer é pronome de sentido afirmativo. “Logo, em construções negativas, deve-se empregar nenhum”, diz Laurinda, no livro.
87 Quantia/ quantidade
Erro: Informe a quantia exata de itens no estoque.
Forma correta: Informe a quantidade de itens no estoque.

Explicação: Usa-se quantia para dinheiro e quantidade para coisas, diz Laurinda Grion.

88 Que preciso/ de que preciso

Erro: Os documentos que preciso estão na gaveta.
Forma correta: Os documentos de que preciso estão na gaveta.

Explicação: O verbo precisar pede a preposição “de”, explica Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori.
89 Reaveu/reouve
Erro: A homenagem reaveu nossa motivação.
Forma correta: A homenagem reouve nossa motivação.

Explicação: Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, explica que o pretérito perfeito de reaver é reouve. Gramaticalmente, o verbo REAVER é defectivo, só se conjuga nas formas em que o verbo HAVER possui a letra V. Presente do indicativo: reavemos, reaveis. Pretérito perfeito do indicativo: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.
90  Responder o/ responder ao
Erro: Vou responder o email daqui a pouco.
Forma correta: Vou responder ao email daqui a pouco.

Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta, é sempre indireta, ou seja, pede a preposição “a”.
91 Retificar/ ratificar
Erro: O homem retificou as informações perante o juiz.
Forma correta: O homem ratificou as informações perante o juiz

Explicação: Reinaldo Passadori explica o significado dos verbos ratificar e retificar. “Ratificar, do latim medieval, possui os seguintes significados: confirmar, reafirmar, validar, comprovar, autenticar. Retificar, também do latim com base na palavra rectus, se refere ao ato de corrigir, emendar, alinhar ou endireitar qualquer coisa”, explica o professor Passadori.
92 Rúbrica/ rubrica
Erro: Ponha a sua rúbrica em todas as páginas do relatório, por favor.
Forma correta: Ponha a sua rubrica em todas as páginas do relatório, por favor.

Explicação: Rubrica é paroxítona, sem acento.
93 Senão/ se não
Erro: Senão fizer o relatório, não cumprirá a meta.
Forma correta: Se não fizer o relatório, não cumprirá a meta.

Explicação: Para dar a ideia de “caso não faça o relatório”, como no exemplo acima, o certo é utilizar a forma separada. Senão (em uma só palavra) tem vários significados, segundo explicação de Laurinda Grion: do contrário, de outra forma, aliás, a não ser, mais do que, menos, com exceção de, mas, mas sim, mas também, defeito, erro, de repente, subitamente.
94 Seríssimo/ seriíssimo
Erro: O problema é seríssimo.
Forma correta: O problema é seriíssimo.

Explicação: Os adjetivos terminados em io antecedido de consoante possuem o superlativo com ii, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.
95 Somos em/ somos
Erro: No escritório, somos em cinco analistas.
Forma correta: No escritório, somos cinco analistas.

Explicação: Não há necessidade de empregar a preposição “em”.
96 Tão pouco/ tampouco
Erro: Não fala inglês, tão pouco espanhol.
Forma correta: Não fala inglês, tampouco espanhol

Explicação: Tão pouco equivale a muito pouco. Já tampouco pode significar: também não, nem sequer e nem ao menos.
97 Vem/ veem
Erro: Eles vem problemas em todas as inovações propostas 
Forma correta: Eles veem problemas em todas as inovações propostas.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, mostra as conjugações no presente do verbo ver: ele vê (com acento), eles veem (sem acento, segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). Exemplos: Ele vê os filhos aos sábados. Eles veem o pai uma vez por semana. O verbo vir, no presente, é conjugado assim: ele vem, eles vêm (com acento). Ele não vem sempre aqui. Eles vêm a São Paulo uma vez por ano.
98 Vir/ vier
Erro: Se ele não vir amanhã, vai perder mais uma reunião importante.
Forma correta: Se ele não vier amanhã, vai perder mais uma reunião importante.

Explicação: No caso do verbo vir, temos as seguintes formas no futuro do subjuntivo, explica Vivien Chivalski: quando eu vier, ele vier, nós viermos, eles vierem. 
99 Visar/ visar a
Erro: Augusto visa o cargo de diretor comercial da empresa.
Forma correta: Augusto visa ao de diretor comercial da empresa.

Explicação: Visar com o sentido de pretender é transitivo indireto, isto é, exige a preposição “a”.
100 Zero horas/ zero hora
Erro: O novo modelo entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.
Forma correta: O novo modelo entra em vigor a partir da zero hora de amanhã.

Explicação: O adjetivo composto zero-quilômetro é invariável, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.