segunda-feira, 22 de abril de 2013

As mulheres poupam mais para se aposentar


As mulheres estão mais preocupadas com a aposentadoria. Saiba o que levar em conta na hora de planejar a sua — e comece já.

Cofre de porquinho

As brasileiras estão mais previdentes. Sinal disso é o crescimento da participação delas nos planos de previdência. Um levantamento realizado pela Brasilprev, empresa de previdência privada aberta do Banco do Brasil, com uma carteira de mais de 1,4 milhão de clientes mostrou que, nos últimos seis anos, a aquisição de planos por elas aumentou 15,4%, ante um crescimento de 12% nas aquisições feitas pelos homens.
O valor destinado pelas mulheres para aaposentadoria também cresceu nesse período. Em 2006, a quantia média aplicada pelo público feminino era de 155 reais. Em 2011, esse valor chegou a 240 reais, o que representa um crescimento de quase 55%, ante 46% de aumento no valor investido pelos homens. Como se não bastasse, elas começam mais cedo a se preocupar em poupar para a aposentadoria. Quase 40% das mulheres contratam seus planos de previdência privada antes dos 30 anos. Entre os homens, esse percentual é de 36%. 
Excesso de preocupação? Não. Especialistas consideram que planejar uma aposentadoria adequada é ainda mais crucial para as mulheres quando se leva em conta que, em média, elas vivem sete anos a mais do que seus pares do sexo masculino. “Esses anos a mais de despesas precisam ser incluídos na poupança para a aposentadoria, até porque gastos com saúde e lazer, por exemplo, só crescem nessa fase”, afirma o educador financeiro Mauro Calil, de São Paulo. 
A boa notícia é que as mulheres também são mais disciplinadas do que os homens na administração do dinheiro. “Em tempos de cortes na Selic (taxa básica de juros), muitas já estão diversificando os ativos dos planos de previdência aplicando de 15% a 30% em renda variável”, diz Américo Pinto Gomes, diretor da Bradesco Vida e Previdência.
Outro ponto positivo: as mulheres resistem mais em resgatar o dinheiro antes do prazo — o que poderia representar perdas. Na Brasilprev, apenas 7% delas o fazem antes do tempo, ante quase 10% dos homens. “Isso porque elas estudam e pesquisam o que estão comprando muito mais do que os homens antes de fechar negócio”, diz Sandro Bonfim, gerente de inteligência de mercado da Brasilprev. 

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