quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O que fazer quando não sou reconhecido no trabalho?

Descobrir a razão da sensação de estar faltando algo é a chave para lidar com a situação.


Às vezes, a motivação vem na forma de um simples obrigado ou parabéns. Mas, mesmo assim, essa forma de reconhecimento não é frequente. Isso, sem falar de outras, como a promoção, o aumento de salário ou a participação de projetos especiais ou treinamentos.
Antes de culpar o gestor ou a empresa pela falta de consideração ou reconhecimento pelo trabalho que tem feito, especialistas afirmam que o primeiro passo para lidar com essa situação é avaliar sua atuação no trabalho e até mesmo, da sua vida pessoal.
“Alguns profissionais procuram o papel de pai e mãe na figura do chefe. Isso acaba revelando uma dívida emocional e uma carência que acabam sendo transferidos para a empresa, chefe ou colegas de trabalho”, explica Rogério Chér, sócio da consultoria Empreender Vida e Carreira.
Confira abaixo as recomendações dos especialistas:
Relembre seu trajeto profissional dentro da empresa
“Quais foram os desafios, projetos que ele se envolveu? Alguma vez ele se voluntariou para fazer uma tarefa diferente? Primeiramente, o profissional tem que mostrar vontade de crescer”, afirma Karin Parodi, diretora da Career Center.
Avalie seu nível de protagonismo
Pode ser que o nível de contribuição do profissional seja significativo, mas isso não quer dizer que sua performance também seja. E, para algumas empresas, é isso que importa.
Seja responsável por suas escolhas, seu nível de comprometimento revela se você é protagonista da sua carreiraou apenas um observador passivo.
Peça um feedback
Se o reconhecimento para você é indispensável, vale pedir um feedback 360º. Converse com seus pares e com líderes, faz parte da reflexão. “Mas leve seu adulto para a conversa. O profissional tem que tomar cuidado para não parecer uma criança ao falar que ninguém o nota no trabalho”, diz Chér.
Analise os valores e a cultura organizacional da empresa
Algumas empresas têm como característica demonstrar a satisfação com o funcionário e algumas não. Às vezes é o chefe que é inflexível e não vê razão em parabenizar ou oferecer oportunidades de treinamentos para os subordinados.
Nesses casos, os especialistas recomendam: coloque os prós e contras de se trabalhar nessa empresa. Você assumiu um cargo que lhe agrada? Você concorda com a maneira com que a organização lida com as demandas ou problemas? Porque senão, mesmo com um pacote de remuneração e benefícios, seguidas promoções e projetos desafiadores, o profissional ainda sim se sentirá frustrado.

Entrevista de emprego: como responder perguntas (muito) pessoais

Não agir de forma explosiva ou desconfiada é a melhor maneira de agir nessa situação.


Você já infringiu alguma lei? Utilizou drogas ilícitas? Por mais que as perguntas possam ser consideradas invasivas pelo candidato, em algumas empresas, principalmente nas multinacionais, esse tipo de questão é considerada essencial em um processo de seleção.
Alexandre Fantozzi, sócio da empresa de recrutamento e seleção Fantozzi & Associates, explica que alguns clientes não dispensam esse tipo de pergunta, pois determinadas colocações exigem habilidades específicas. Nesse caso, a reação do candidato e a maneira que lidará com a questão são os aspectos relevantes para os recrutadores.
“Não iremos julgar se o candidato fez ou não aquilo, não há uma resposta correta. Analisamos como ele reage em uma situação de desconforto”, afirma Fábio Saaad, gerente sênior das divisões de F&A e FSG da Robert Half.
A principal recomendação dos especialistas é responder honestamente. “No caso do tema das drogas, por exemplo, o que é preocupante é a instabilidade do candidato. Precisamos avaliar se ele tem controle emocional e tem capacidade para lidar com problemas”, explica Fantozzi.
As perguntas muito pessoais podem não ter sentido para os candidatos, mas profissionais que tendem a burlar regras para proteger colegas de trabalho ou já praticaram ações antiéticas precisam ser identificados na fase da entrevista pelos recrutadores.
Para Saad, se o candidato tem alguma informação obscura e que não foi bem explicada, será possível notar durante o desenvolvimento da resposta. Ou seja, reagir de forma explosiva ou intempestiva, é um indício de que o profissional está escondendo algo.
“Quanto mais maduro e objetivo, melhor”, diz Fantozzi. “Caso a pergunta entre em um assunto delicado, como divórcio, a morte de um familiar ou um abuso, o candidato deve deixar claro que este é um ponto delicado e que o incomoda. O recrutador irá entender”.

Como recuperar um dia improdutivo em alguns minutos

O seu planejamento para o expediente foi por água abaixo? Especialistas ensinam como reverter isso.


O relógio no computador denuncia que o tempo voou, você não viu e a maior parte do expediente passou bem longe das tarefas mais importantes do dia – seja porque você ficou numa reunião mal resolvida ou, simplesmente, se perdeu com tarefas, digamos, não tão relevantes assim.

Mas, calma, o dia ainda não está de todo perdido. De acordo com especialistas, com foco, uma pitada de disciplina e administração do tempo, é possível salvar um expediente que tinha de tudo para ser o mais improdutivo de todos os tempos.

1. Faça uma pausa
Até agora nenhuma atividade fluiu dos seus dedos ou neurônios? Então, o ideal é fazer uma pausa e respirar um pouco. “Vá tomar um café, isso aumenta o nível de glicose no sangue e permite uma organização melhor das informações”, diz Christian Barbosa, da Triad Consulting.

Atenção: esse “break” deve ter de 5 a 10 minutos. No máximo. Alguns minutos para além desse limite já entram na zona de procrastinação.
2. (Re)Planeje-se
É hora de ter uma visão do todo. Por isso, segundo Luciano Meira, diretor de conteúdo e facilitação da FranklinCovey Brasil, o ideal é fazer o planejamento semanal de todas as suas atividades.

Com isso, em dias fadados à improdutividade, sua única tarefa seria reestruturar a semana, adequando as tarefas menos emergenciais para os dias que se seguem. “Você ganha a visão do todo. Isto dá mais tranquilidade”, diz o especialista. “Se eu não tenho a visão total, estou fadado ao desequilíbrio”.

“No mínimo, a pessoa tem que planejar os próximos três dias. Se ela ficar restrita apenas ao dia seguinte, entrará no ciclo das atividades urgentes, sem pensar no que é importante”, afirma Barbosa.

3. Separe joio do trigo
Para fazer isso com eficácia e decidir quais tarefas atacar primeiro é preciso aprender a separar quais são as tarefas urgentes daquelas que são “apenas” importantes.

“Tarefas urgentes são aquelas que você deve fazer imediatamente. São coisas que trazem pressão e estresse”, descreve Barbosa. “Já as atividades importantes demandam tempo e sempre trazem resultados positivos”.
Exemplo: um cliente envia um e-mail informando que determinado produto não foi entregue. Enquanto outro informa que gostaria de agendar uma reunião para discutir algumas ideias para o projeto que deve ser concluído em algumas semanas. Ambas requisições são importantes, mas o primeiro caso é urgente. Neste caso (e neste dia), dê prioridade para o primeiro caso.
Para mapear com rapidez quais são essas áreas críticas, Meira aconselha algumas estratégias. Primeiro, cheque sua caixa de e-mails. “Mas não é para olhar todas as mensagens. Leia apenas aquelas que, realmente, são relevantes”, diz.

Para isso, o especialista segue uma prática simples. No Microsoft Outlook é possível criar filtros que alteram a cor da mensagem dependendo do emissor. “Coloque, por exemplo, a cor vermelha para todos os e-mails que vierem do chefe ou de clientes muito importantes. Com isso, você bate o olho e já sabe o que precisa ler”, afirma.

Se você passou o dia fora do escritório, por exemplo, entre em contato com pessoas chave do projeto que você está tocando para saber quais são as pendências que dependem de uma rápida ação de sua parte.

4. Foque no que é urgente e desconecte-se
É hora de focar ao máximo. Para isso, nada melhor do que desligar todos os meios de distração – leia-se (em alguns casos): redes sociais e e-mail. Está quase off-line? Então, uma a uma, destine toda a sua atenção para as questões urgentes do dia.

Se ainda sobrar tempo, priorize as questões mais importantes que ficaram pelo caminho. Se não der tempo de terminá-las, organize-se para os dias que se seguem. Com o máximo de otimismo e realismo. Nada de atolar a agenda do dia seguinte só porque o atual não foi tão produtivo assim.

“Só a ansiedade de ter uma lista imensa de coisas para fazer já acaba com a sua vida”, afirma Barbosa. “Uma coisa que as pessoas precisam entender: o mundo não vai acabar. A vida continua. Tudo pode ser resolvido. Relaxa”.

Como lidar com o seu chefe (ou colegas de trabalho) no Facebook

Especialistas recomendam criar listas para separar os contatos profissionais dos pessoais.


Chega uma nova solicitação de amizade no Facebook: seu chefe. Aceitar ou ignorar o convite? Se você pensou duas vezes antes de clicar no “aceitar”, certamente avaliou rapidamente o que o seu superior passaria a ver na tela do seu perfil na rede social.
Para aqueles que não têm uma relação aberta e informal com o gestor no trabalho, imaginar seu chefe vendo suas fotos de momentos com amigos e lendo suas opiniões publicadas no mural pode até ser um pouco constrangedor.
Mas, para André Telles, professor de marketing digital e CEO da agência Mentes Digitais essa situação incomum pode ser vantajosa para sua carreira. Afinal, se a empresa em que você trabalha é muito formal e você se sente pouco à vontade de opinar ou sugerir ideais, o Facebook acaba ajudando de certa forma. “Postando com notoriedade sobre assuntos relevantes, é possível até mesmo chamar atenção de seu chefe”, afirma.
“Não existe dessa de separar o pessoal do profissional”, diz Rogerio Sepa, especialista em gerenciamento de carreiras no mundo virtual da DBM. Entretanto a rede social oferece ferramentas para que o usuário possa escolher quais pessoas poderão ter acesso às suas publicações. E o melhor: seu chefe ou colegas de trabalho não saberão em que tipo de lista você os classificou.
Do lado esquerdo da página inicial do Facebook, clique no botão mais ao lado do item Listas. Depois, clique em criar listas e faça uma lista apenas voltada para seus contatos profissionais. Adicione pessoas à lista.Clique em Gerenciar Lista, depois em Atualizações a serem mostradas. Defina os critérios de atualizações de status. Depois, lembre-se de a cada publicação, em vez de compartilhar para todos os seus contatos, selecione quais listas poderão ler seu post.
No canto superior direito, ainda na página inicial, clique na flechinha para baixo e acesse a página para configurar sua privacidade. Lá é possíve até limitar a visualização de publicações passadas. 
Para os especialistas, ignorar o convite não é uma opção. O seu chefe ou aquele colega de trabalho que você não se dá bem pode até se esquecer que mandou um convite. Mas caso ele monitore a rede social, pode verificar que você foi o único a não aceitar a solicitação. E isso te colocaria em maus lençóis. 
Agora, nem pensar em postar uma crítica sobre  a sua ex ou atual empresa ou chefe. Isso  pode render uma dor de cabeça se o bom senso não prevalecer.
“ Atualmente, a maioria das empresas têm programas que rastreiam a marca nas redes sociais, e essas acabam virando fontes de pesquisa e monitoramento da marca”, explica Sepa. Por isso, é melhor evitar que seu nome entra na lista de pessoas falando mal da empresa.

O que os recrutadores gostam de ouvir (ou perceber) na entrevista

De mostrar resultados a demonstrar paixão pelo que faz: veja quais são os itens que encantam os recrutadores durante uma entrevista de emprego.


currículo pode estar impecável e as referências profissionais, de tirar o fôlego. Mas é na entrevista de emprego que, com os olhos fitos nos do entrevistador, você conseguirá provar porque é digno (ou não) da oportunidade em questão.
Parte disso está em tornar a  entrevista uma experiência boa para o recrutador. Um lapso de tempo que salta aos olhos quando comparado com os encontros com outros candidatos. “Tem que ser boa, tem que ser alegre, tem que ser objetiva”, diz. “Essa é a hora da verdade”.

Confira quais são os itens que não podem escapar durante a entrevista e que, se bem apresentados, podem encantar o mais criterioso dos recrutadores:

1. A verdade
Pode parecer óbvio, mas ainda há muita gente que escorrega neste ponto e acaba contando uma mentira durante a entrevista de emprego. Para infringir essa regra básica da não são necessárias histórias épicas e completamente inverossímeis. Basta o simples ato de dourar um pouco a pílula e, pronto, lá se foi um dos aspectos que os recrutadores mais valorizam: a verdade.

Isso pode se materializar desde em um tom mais hiperbólico ao mostrar resultados, passando por assumir uma postura que não transmite quem você é, até adotar explicações e fatos falaciosos.

2. Resultados
Não vale descrever apenas as suas responsabilidades em todas as empresas que trabalhou. “A diferença entre um bom e um mau presidente é que um leva a empresa à falência enquanto o outro faz ela dar lucro”, diz Gerson Correia, sócio-diretor da Talent Solution.

Por isso, foque nos resultados que você obteve nos seus empregos anteriores. “Através da realização você consegue entender o jeito que a  pessoa é e faz”, diz o especialista.
3. Pistas que mostram consciência sobre si mesmo
Em perguntas mais pessoais ou que exijam detalhamento de posturas que você tomou no passado, procure demonstrar que tem pleno domínio e consciência de quem você realmente é.
“Quando for questionado sobre as áreas que você ainda precisa melhorar não foque apenas nesses pontos, mas também naquilo que você está fazendo para mudar isso, por exemplo”, diz Irene Azevedo, diretora de negócios da DBM.

4. Fatos e dados que comprovem seu diferencial
Agora, também é preciso provar, por A mais B, que, entre todos os candidatos, você é o melhor. E mostrar resultados não é suficiente para isso.
Aqui, a regra é focar nos aspectos que tornam você um profissional único, diferente dos demais. “A maneira como você executou determinadas tarefas, fez suas escolhas de carreira ou o tipo de formação que você teve”, enumera Irene. Tudo isso contribui para que o recrutador faça uma pintura do tipo de pessoa que você é.

Nesse ponto, entram em cena, sutilmente, os valores que tornam você quem você é. Segundo Correia, este é um aspecto que, mais e mais, tem sido valorizado nas entrevistas de emprego. Afinal, “as pessoas são contatadas pela competência e demitidas pelo comportamento”, afirma o especialista.
5. Paixão
“A expressão corporal, a forma como o candidato fala, a emoção. Tudo isso, com certeza, é levado em conta”, diz Irene. E nesse quesito, afirma a especialista, ganha pontos quem demonstrar brilho nos olhos e engajamento naquilo que faz. Como conseguir esse feito? Apenas sendo você mesmo. Sem ressalvas.

O que importa no processo de seleção de acordo com o tipo de cargo

Pesquisa lista quais são as habilidades mais desejadas por recrutadores na hora de contratar desde profissionais em início de carreira até executivos.


Na hora da entrevista de emprego, o que realmente pesa na decisão do recrutador? Evidentemente, a resposta varia de acordo com o tipo de cargo em questão. Mas, segundo levantamento feito pela Right Management, ter pensamento crítico (e demonstrar isso no processo de seleção) é relevante independente do nível hierárquico da oportunidade em questão.

Segundo a pesquisa, na hora de contratar um profissional para um cargo de diretor, por exemplo, 65% dos recrutadores ficam mais atentos para as habilidades de liderança que os candidatos demonstram ter. 
Agora, para profissionais em início de carreira o que conta mais são as habilidades técnicas que eles possuem e o quanto elas atendem às demandas do cargo em questão.

Ao todo, 56% dos participantes da pesquisa apontaram esse como um fator decisivo para a seleção. Para oportunidades desse nível, 42% afirmaram que profissionais com um perfil mais criativo e inovador também saem na frente na seleção. 
Já para cargos executivos, a criatividade e a inovação está na terceira posição em nível de importância, segundo os recrutadores. Do total de entrevistados, 41% admitiram que esse fator é relevante durante o processo de seleção de um executivo, mas 42% votou em orientação para resultados e 61% para habilidades de liderança. 
FatoresIniciantesNão
gestores
Gerente/
Supervisor
DiretorExecutivo
Criatividade e inovação42%39%32%37%41%
Habilidade de liderança27%27%68%65%61%
Habilidade para trabalhar com outras culturas19%19%18%16%18%
Habilidade para atuar virtualmente11%11%18%19%21%
Pensamento crítico39%38%34%35%38%
Habilidades técnicas56%60%30%23%20%
Experiência36%50%35%34%31%
Orientação para resultados------33%41%42%
Coerência com a cultura da empresa44%41%34%33%32%
Disponibilidade para mudar para outros locais8%9%8%7%9%