segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Os chatos se saem melhor em quase todas as profissões

Ser chato tem lá suas vantagens. Confira na matéria abaixo!


Poucos dias atrás, Jeff Immelt enviou uma mensagem para todos os 300.000 funcionários da General Electric oferecendo algumas dicas para suas leituras de verão. "Leio entre 50 e 70 livros por ano... divididos entre história, romances e negócios", escreveu o presidente da GE. Ele passou a discutir dois títulos antes de terminar com um pedido: "Quero saber o que vocês estão lendo para que eu possa ficar mais esperto".
 
A única explicação para essa curiosa efusão do homem mais importante do "mainstream" corporativo dos Estados Unidos é que ele está tentando sinalizar à sua força de trabalho que ele não é um chato.
 
Infelizmente, o texto da mensagem mostra o contrário. Se há uma coisa que une as pessoas interessantes é que elas não mantêm uma lista do número de livros que leem para se vangloriar disso.
 
A tentativa de Immelt de parecer interessante não é só canhestra, como também está errada. Se você fosse o presidente da GE, não precisaria parecer interessante. As coisas podem correr com muito mais tranquilidade se você não é.
 
Há algum tempo atrás, um estudo de Stephen Kaplan, da Chicago Booth School of Business, mostrou que os bons presidentes-executivos (CEOs) tendem a ser tediosos. Eles são teimosos, eficientes, bons nos detalhes e felizes por trabalharem muito. Na semana passada, o mesmo assunto foi abordado pelo escritor Joel Stein em um blog para a "Harvard Business Review", no qual ele afirmou que o ato de ser tedioso é um segredo da grande liderança.
 
Apesar do fato de o professor Kaplan e Stein estarem envolvidos com algo evidentemente grande, muitos leitores da "Harvard Business Review" responderam ao artigo com hostilidade: eles simplesmente não conseguiram aceitar a ideia de que os bons leitores são chatos. O principal ponto, acho eu, é que eles pensam que ser chato significa uma coisa ruim e não conseguem perceber que pode significar ser algo bom. Na verdade, o que os chatos precisam é de uma mudança drástica de imagem que os mostrem como trabalhadores e cidadãos de valores admiráveis. As pessoas tediosas não são apenas mais bem-sucedidas que as pessoas interessantes, elas podem ser mais felizes (porque são mais simples) e agradáveis (porque se metem menos em encrencas).
 
Os chatos se saem melhor em quase todas as ocupações: nos negócios, na atividade bancária, consultoria, direito, contabilidade, medicina. Na verdade, tal é a vantagem que eles têm sobre as pessoas interessantes, que mesmo em áreas em que há uma demanda voraz por personalidade- como na política-, os chatos ainda tendem a chegar ao topo. É por isso que não nos cansamos do prefeito de Londres Boris Johnson: ele é o único homem público que não nos chateia.
 
Acho que preciso dizer o que significa chato para mim- e o que não é. Ser chato não significa ser estúpido. Você pode ser chato e brilhante. Ser chato é ser limitado. As pessoas chatas são muito interessadas em uma ou duas coisas, dificilmente se interessam por outras coisas.
 
Elas também dão muita atenção aos detalhes. Elas são muito boas no que Jim Collins chama de "lavar o queijo fresco". Elas são previsíveis- um traço útil e subvalorizado. E os chatos são relativamente felizes por fazerem coisas chatas, o que também é uma dádiva dos céus, visto que a maior parte de nossa vida no trabalho envolve fazer coisas cansativas e pequenas repetidas vezes.
 
Se alguém precisa de qualquer evidência da bagunça em que nos envolvemos quando colocamos pessoas interessantes no comando, é só olhar para o setor editorial. Essa indústria sempre foi espantosamente ineficiente e está agora de joelhos. Por quê? Porque as pessoas que trabalham com editoração não são chatas o suficiente. Elas gostam de livros e ideias e são um caso perdido na administração de qualquer coisa.
 
Para ajudar nessa recaracterização de marca é preciso alguns modelos de Notável Chatice. Felizmente, consigo me lembrar de dois bons exemplos - John D. Rockefeller e Bill Gates - que provam que você pode ser um chato e mesmo assim mudar o mundo. Rockefeller, até onde se sabe, tinha um lado chato bem desenvolvido: era devoto da Igreja Batista e um homem de família que, na casa dos 80 anos, escreveu versos doces e nada sofisticados sobre o fim de sua vida, com a frase "E Deus foi bom para mim todos os dias". Até mesmo Bill Gates, apesar de ser muito fascinante e espantosamente versado em assuntos como desenvolvimento e computação, seria, de outro modo, um "chato de galochas", incapaz de manter uma conversa fútil e com um senso de humor atrofiado.
 
Portanto, o que podem fazer as pessoas que tiveram a grande infelicidade de nascer interessantes? Elas podem tentar o setor editorial, é claro, se é que sobrou algum emprego lá. Ou podem dar aulas, escrever, dirigir filmes ou se tornarem poetas e filósofos. Melhor ainda: elas podem se casar com outras pessoas chatas bem-sucedidas para bancar suas atividades não-remuneradas ou, se tudo mais falhar, elas podem se enfiar em algum canto e ler o maior número possível de livros que puderem.
 
Lucy Kellaway é colunista do "Financial Times". Sua coluna é publicada às segundas-feiras na editoria de Carreira

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os riscos de falar demais no trabalho (e como evitá-los)

Falar demais não é pecado, mas se feito sem bom senso pode trazer sérios riscos para a sua carreira, segundo especialistas




Regra básica para ter uma carreira promissora? Comunique-se bem. Sim, isso mesmo. Independente do cargo ou setor de atuação, saber se expressar de uma maneira objetiva e clara é essencial para emplacar ideias, convencer clientes e, principalmente, liderar. 
 
Mas, atenção, comunicar-se bem não é sinônimo de falar demais. E é exatamente nesta confusão de conceitos que estão alguns dos mais sérios pecados corporativos de muita gente por aí. Seja por um traço de personalidade ou por pura falta de senso, muitos profissionais dão corda demais para a mania de ser prolixo e, acabam, colocando a própria carreira em risco.
 
Confira abaixo quais os riscos de ser prolixo e como evitá-los – mesmo quando falar demais faz parte da sua personalidade:
 
Riscos
 
Ganhar o título de arrogante ...
 
Quem fala demais, geralmente, peca por não ouvir os outros. “Você só entra na conversa quando a pessoa para para respirar. E, mesmo assim, nem sempre dá tempo”, descreve Reinaldo Passadori, do Instituto Passadori.
 
Por isso, não raro pessoas prolixas tendem a ser consideradas arrogantes e, no pior dos cenários, muito (mas muito mesmo) chatas. Por não ter papas na língua, quem fala para além da conta corre o risco de “declarar coisas que não deveria e soltar trunfos sobre si mesmo”, diz Silvio Luzardo, especialista em oratória.
 
“Quem é prolixo não tem a percepção de aceitar o outro como ele é. Fala demais porque acredita que o que fala é correto e o que o outro sente não tem importância”, diz Passadori.
 
... ou de inconveniente
 
Por não estarem atentos às outras pessoas, alguns prolixos tendem à uma síndrome de falta de tato crônica. Este problema é materializado em tratar de assuntos indevidos em ocasiões impróprias e, principalmente, ocupar demasiadamente o tempo de terceiros.
 
De alimentar a rádio peão até fazer piadas de mau gosto, passando por despejar críticas vazias e pecar na falta de discrição, as gafes de quem fala além da conta são inúmeras. E, infelizmente, pouco raras. “Aí não há quem aguente, né?”, diz Romaly de Carvalho, especialista em etiqueta corporativa 
 
Perder espaço
 
A consequência para esse tipo de comportamento é até óbvia: em alguns cenários mais assustadores, ser prolixo pode sim custar seu sucesso profissional. E, neste caso, sua qualificação nem sempre falará mais alto.
 
“O bom profissional tem foco. Sabe o que dizer e quando dizer”, diz Romaly. “No mundo corporativo, as pessoas querem soluções eficientes em menor tempo”.
 
Fato que garante alguns pontos negativos para quem não consegue vislumbrar o mundo de uma maneira mais objetiva. “O profissional perde o crédito. O cliente pode sentir que está sendo enrolado”, diz Silvio Luzardo.
 
Como evitar
 
Ouça
 
O conselho de avó pode até ser clichê, mas é valioso para essas horas: todos têm dois ouvidos e uma boca, logo...
 
A conclusão para o ditado popular é até óbvia, mas quem tem o hábito de falar sabe que a experiência prática não é tão simples assim. Por isso, se você integra o grupo dos que sempre protagonizam um diálogo, uma dica: fique atento às perguntas do seu interlocutor. Se ele parar de questionar (ou pior, falar), cuidado.
 
“A pessoa fala e fala, mas não leva em consideração se o outro está gostando da conversa”, diz Romaly. Por isso, a primeira lição para toda pessoa que perde o limite na hora de se comunicar é simples: ouça, ouça e ouça.
 
Diferencie 
 
É essencial também diferenciar os tipos de relacionamento que você nutre no trabalho. Lembre-se: uma coisa é amigo (e o tipo de assuntos que podem ser tratados com ele), colega de trabalho é outra história. E traçar esse limite é fundamental para ter foco na hora de se comunicar no trabalho.
 
“Você até pode ter amigos no trabalho. E é bom que tenha. Mas nem todos serão seus amigos. Com o colega de trabalho, você deve compartilhar apenas assuntos relativos ao planejamento da empresa”, diz Romaly.
 
Não tenha medo do silêncio
 
O silêncio, principalmente entre desconhecidos, pode incomodar . E muitas vezes, apavorar. Mas isso não pode ser justificativa para dar cordas para a própria língua e falar coisas que não deve. Quando o silêncio apavorar e desconectar, o melhor antídoto é permanecer quieto. E esperar o outro.
 
Foque no que é urgente e importante
 
Planejamento deve ser palavra de ordem para qualquer profissional. E isso se aplica também a todos os diálogos que você precisa liderar. “Transforme tudo o que tem que ser dito em frases objetivas. Foque apenas no que é urgente e importante”, ensina Passadori.

Profissionais que usam as redes sociais são mais promovidos, segundo estudo

De acordo com pesquisa feita pelo Google, não só os profissionais mais bem sucedidos costumam usar redes sociais como são mais felizes no trabalho




Redes sociais são vistas como vilãs que roubam tempo por muita gente. Um estudo feito pelo Google, porém, chega para questionar esse mito. Segundo dados levantados na Europa, usar site como Facebook, Twitter, LinkedIn e Google+ pode determinar o crescimento na sua carreira.
De acordo com o levantamento, 86% dos entrevistados que eram usuários frequentes dessas redes haviam sido promovidos recentemente. Entre os que raramente usavam essas mídias, apenas 61% tiveram uma promoção no trabalho.
Subir na hierarquia, contudo, não é a única vantagem de quem usa redes sociais. Os usuários deste tipo de site são mais otimistas com relação ao seu trabalho (72% dizem que provavelmente serão promovidos, mas apenas 39% dos que não são usuários das redes sociais pensam da mesma maneira) e são mais felizes profissionalmente. Segundo os dados do Google, 38% dos entrevistados que acessam redes sociais para o trabalho se dizem muito satisfeitos com o emprego – contra 18% dos não usuários. Eles também têm mais chances de recomendar seu ambiente de trabalho para amigos: são 64% contra 42%.
E não são apenas os profissionais das gerações mais novas que usam redes sociais para o trabalho. Pelo contrário. De acordo com os dados da pesquisa, o número de profissionais em posições sênior que usam redes sociais pelo menos uma vez por semana é maior do que os em papeis juniores (71% contra 49%). E surpresa: as diferentes gerações afirmam que o uso dessas ferramentas sociais pode poupar até duas horas semanais de tarefas cotidianas como e-mails e reuniões.
As empresas que permitem que os funcionários acessem as redes sociais têm uma boa vantagem em relação às concorrentes. 60% dos entrevistados que usam Facebook e Twitter no trabalho acham seu emprego interessante – dos que não usam, apenas 42% deram essa resposta. No fim das contas, permitir que o funcionário use as novas ferramentas online é visto como um sinal de confiança da empresa.

Carreiras: veja dicas de especialista sobre carreiras que se deve investir

Confira as dicas de especialista sobre o que investir na carreira


Mais do que se certificar que a carreira profissional escolhida se encaixa com o perfil da pessoa, é necessário avaliar qual é o momento e a situação da profissão escolhida. No atual momento do Brasil, você sabe quais as carreiras que valem a pena investir?
 
Para o consultor empresarial da Caput Consultoria, Wellington Moreira, é o caso da medicina, odontologia, direito, pedagogia, administração, economia e engenharia. O que favorece os profissionais de tais áreas é “o contexto favorável de desenvolvimento econômico do país combinado com grandes eventos esportivos”, explica Moreira.
 
Precisa-se de engenheiros
No caso da engenharia, o consultor destaca estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), em parceria com o Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) responsável por sinalizar que “os investimentos no setor mineral; o intenso crescimento da indústria alimentícia; as obras de infraestrutura espalhadas pelo Brasil; a necessidade permanente de inovação tecnológica; e as exigências de um desenvolvimento ecologicamente sustentável requerem um número de engenheiros superior à mão de obra existente”.
 
Acompanhando o aumento da demanda por engenheiros, as áreas mais técnicas também vão demandar mais profissionais. “As oportunidades para profissionais técnicos e tecnólogos deverão continuar em alta”, acredita Moreira.
 
O que acontece é que se a perspectiva aponta para um aumento na demanda por engenheiros será preciso técnicos preparados para executarem o trabalho no canteiro de obras e nas unidades operacionais das fábricas. O mercada de beleza e estética também deverão demandar mais técnicos e tecnólogos.
 
Interdisciplinaridade
Falando das áreas que formam profissionais da saúde, a tendência, segundo Moreira, é a interdisciplinaridade “Formados em medicina, enfermagem e odontologia deverão somar ao seu portfólio especializações em diferentes áreas, como química, engenharia e física, dentro do novo paradigma médico”, diz Moreira.
 
Vida toda?
Segundo o consultor, no dinâmico mercado moderno, as carreiras já não são mais como eram antigamente, ou seja, para vida toda. “Atualmente ninguém mais pode se dar ao luxo de estabelecer um casamento para a vida toda com a sua profissão de origem”, diz Moreira. Justamente por isso, é preciso estar atento ao momento da profissão, além de simplesmente ver se ela se encaixa ao seu perfil. 

5 aplicativos que podem mudar sua rotina no trabalho

Confira uma lista de apps para smartphones e PCs que podem ajudar no seu dia a dia no trabalho




Seja para organizar seu tempo, suas leituras ou até mesmo ajudar você a se manter hidratado enquanto trabalha, seu smartphone ou computador podem ser úteis. Confira abaixo uma lista com os aplicativos que têm o potencial de mudar a sua rotina no ambiente de trabalho. 
 
Evernote
 
O aplicativo é uma boa maneira de organizar suas anotações em diferentes dispositivos. Aliás, ele guarda não só lembretes escritos, mas também fotos, gravações e vídeos. O conteúdo é sincronizado pela nuvem e pode ser acessado no iPhone, iPad, Android ou pela web. O Evernote ainda é integrado com diversas outras ferramentas e pode ajudar a guardar links e páginas da web.
 
Pocket
 
Se mais do que guardar lembretes e anotações, você sente falta de uma ferramenta para guardar artigos e páginas da internet, o Pocket é uma boa opção. Seja no Twitter, iPhone, iPad, Android ou no Google Chrome, se você cruzar com uma página cuja leitura não pode ser feita no momento, com um clique a ferramenta salva o conteúdo em formato fácil de ler. Depois, só abrir o app ou acessar a página na internet, tudo que você separou estará lá, pronto para ser lido.
 
Kindle
 
Mesmo quem não tem o e-reader da Amazon pode ler livros nos aplicativos disponíveis para iPhone, iPad, Android e web. O Kindle é perfeito para aqueles longos documentos e PDFs, já que os diferentes apps são sincronizáveis (assim você nunca perde o ponto que parou de ler).
 
Remember the Milk
 
Queridinho de muita gente, o aplicativo é uma mão na roda para quem precisa se organizar com tarefas. Remember the Milk oferece integração com diversas ferramentas (inclusive e-mail e Twitter) e permite a criação de mais de uma lista, além de diferentes tipos de organização. O aplicativo possui versões para iPhone, iPad, Android, Outlook e pode ser usado como webware.
 
Aquanic
 
Poucos lugares são tão frequentados quanto a cadeira em frente ao seu computador do trabalho. Às vezes, é importante se levantar e esticar as pernas, mas, principalmente, se hidratar. O software Aquanic lembra você de tempos em tempos da importância de tomar um copo de água, seja no trabalho ou em casa.