Especialistas mostram 4 passos para superar o desconforto quando um superior querido procura outros rumos profissionais
Se
você também sentiu tristeza ao presenciar a saída de Steve Jobs da
Apple, imagine aquele funcionário que trabalhava com ele? As
identificações profissionais em um ambiente de trabalho são comuns e
acabam interferindo no nosso emocional.
A saída, a morte ou a demissão de um chefe são momentos marcantes e
interferem diretamente na vida do profissional. Segundo especialistas, é
normal que as pessoas percam a referência e se sintam “abandonados”.
Acompanhe quatro passos para melhor lidar com esse tipo de situação:
1. Ritual de desligamento
Segundo Ana Cristina Limongi-França, professora da FEA-USP do
Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho, é importante fazer alguma coisa
para que não fique uma sensação súbita de vazio.
Caso o chefe não tenha enviado um e-mail coletivo de despedida,
ela afirma que é válido enviar um e-mail ou fazer contato por telefone
para se despedir. “O profissional também tem que se permitir sentir essa
tristeza que não pode ser interpretado como sinal de fraqueza”, explica
ela.
Entretanto, Ana Cristina alerta que tudo deve ser feito de maneira
que não prejudique o vínculo com o novo chefe. Ela diz que tentar
encontrar o antigo chefe fora do trabalho também pode ser uma saída. Se
ele é realmente importante para o profissional, ele pode pedir para que
ele se torne o mentoring dele.
2. Bola para frente
O segundo passo, de acordo com a coordenadora do Ibmec Carreira de
Minas Gerais, Jaqueline Silveira Mascarenhas, é parar de falar sobre o
assunto para não alimentar a situação. Para evitar o saudosismo e a
comparação entre o antigo chefe e o novo, “é melhor falar em casa do que
no café do trabalho. Quem se prejudica com esse resgate constante é
quem está falando”.
A coordenadora explica que há diferentes maneiras de identificar
a resistência, “quando um gestor chega, o profissional só fala das
coisas boas do antigo chefe, santificando-o. Se o antigo chefe foi
demitido, é como se a empresa tivesse tirado dele aquela figura querida.
Ele era bravo, mas era justo, era linha dura, mas era um pai com a
gente, são frases comuns que as pessoas recorrem”.
Por isso, Jaqueline alerta que com esse processo de resistência o
profissional corre o risco de não atender mais à organização. Se ele
então fica ‘paralisado’ e é demitido ele falará: “Está vendo? Depois que
ele saiu, fui demitido”. A recomendação é não insistir e focar no
trabalho.
3. Foco
A etapa seguinte é canalizar o “medo” inicial da mudança e
transformá-lo em oportunidades. Ana Cristina ressalta que esse é o
momento ideal para resgatar ideias embrionárias que não tinham apoio
anteriormente. É a hora de mostrar um projeto ou mudar de área, por
exemplo.
Jaqueline diz que mudança é a grande palavra nessa questão, o
profissional tem que saber que uma organização funciona com o objetivo
de ter resultados, e tem que se habituar à nova situação.
Outra recomendação é ficar atento nas novas diretrizes da
organização. As especialistas explicam que às vezes não é só mudança de
processo, mas de valores também. “O profissional tem que avaliar a nova
situação e mudar postura, caso tinha horário flexível pode ser que com o
novo chefe não seja assim. É preciso focar e dar continuidade no
trabalho”, afirma Jaqueline.
4. Ajuda
As especialistas afirmam que a situação é difícil, mas, com o
tempo, o correto é que a “sensação de abandono” fique para trás. Ana
Cristina diz que quando a pessoa não consegue fazer isso sozinha, ela
não deve hesitar e procurar uma ajuda especializada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.