Há quem não goste, mas as viagens corporativas costumam agradar, e muito, os profissionais: os que adoram conhecer novos lugares que o digam.
O problema, no entanto, é que nem sempre os colaboradores escalados para tais viagens estão realmente aptos à representar a empresa em tal ocasião: muitos, por desconhecimento ou até mesmo por malandragem, acabam cometendo deslizes que, não raro, costumam manchar a própria imagem perante a corporação.
E antes o problema fosse apenas esse. Ao cometer uma gafe em uma viagem, os colaboradores podem colocar ainda em risco a imagem da organização. E é aqui que o problema tem início.
“O profissional não deve esquecer que suas atitudes serão sempre avaliadas e que mesmo que já tenha encerrado seu expediente, ele ainda deverá respeitar as regras de conduta da empresa, afinal, ele ainda representará a companhia na ocasião”, explica especialista em Soluções de RH da De Bernt Entschev Human Capital, Aline Lumi Takushi.
Longe dos olhos, perto da demissão
Mas o que fazer se a empresa não tiver um código de conduta? Simples, apelar para o bom senso e fazer bom uso dos recursos da organização. Isso mesmo, nada de torrar o dinheiro da empresa com bobagens ou mesmo de perder a compostura, afinal, nunca se sabe quem estará observando o seu comportamento, não é mesmo?
“Se ele estiver em uma feira, congresso ou reunião com clientes, o profissional terá contato com contratados de outras empresas e uma atitude fora do padrão chamará a atenção”, diz Aline, que lembra de algumas atitudes inadequadas que podem levar um contratado à demissão.
“Ficar bebâdo, trazer acompanhantes para o quarto do hotel, dar em cima de outros profissionais e utilizar o nome da empresa para obter vantagens pode não só comprometer o nome da companhia, mas também levar à demissão”, conta.
Por essa razão, mantenha a pose.
8 erros que você não deve cometer
E se apesar destas dicas você ainda assim ficar na dúvida de como agir, fique tranquilo, o portal InfoMoney, com o auxílio da especialista em Soluções de RH da De Bernt Entschev Human Capital, Aline, listou algumas recomendações do que você não deve fazer.
Beber em excesso: um pouco de bebida a mais em um happy hour, para quem não tem o hábito, pode deixar qualquer profissional mais “soltinho”, desinibido e por vezes até mais inconveniente. Por isso, fuja do vexame e não beba! Se essa tarefa for impossível, faça isso com moderação. O seu chefe certamente não ficaria feliz de saber que você comprometeu uma transação de milhões por conta de um ato impensado, não é mesmo?
Utilizar a verba da empresa sem critério: almoços e jantares em viagens a trabalho fazem parte da rotina, contudo, devem ser feitos com bom senso. Não é porque você está com o dinheiro da empresa em mãos que precisa gastá-lo nos melhores restaurantes da cidade. O mesmo vale para o uso do táxi. Se sua intenção for conhecer a cidade, prefira utilizar sua verba pessoal. Lembre-se que você está em outra cidade a trabalho e que a verba da empresa é destinada para suprir suas necessidades profissionais e não pessoais.
Fraudar os comprovantes de táxi e de restaurantes: superfaturar os recibos de táxi ou mesmo de restaurante é a pior prática que um profissional pode ter. Além de fraude, o contratado pode até ser demitido por justa causa, caso a empresa venha a descobrir o ocorrido. Por esta razão, não peça aos taxistas locais para alterarem o itinerário da corrida para tentar faturar um ‘extra’ sobre a empresa. E se você for fã de uma bebidinha faça o mesmo:: não peça uma nota geral do consumo para embutir as bebidas alcoólicas nos recibos da empresa. O ideal é que o consumo de bebidas de teor alcoólico seja pago à parte pelo próprio colaborador.
Usar o cartão corporativo para pagar as baladas: o cartão corporativo serve para pagar as despesas extras do contrato durante a viagem e não para financiar as baladas e compras pessoais dos colaboradores. Assim, use-o com parcimônia e sabedoria. Algumas pessoas podem até achar que não é fácil de descobrir o uso indevido por conta da razão social que aparece nas notas, que quase nunca bate com o nome fantasia de uma empresa, mas o departamento financeiro possui recursos para checar cada gasto e certamente descobrirá que aquele gasto de R$ 150,00 não foi em um almoço com o diretor de uma empresa como você havia informado.
Flertar com outros profissionais: se você estiver viajando a trabalho, não dê em cima de outros profissionais do segmento que estiverem no mesmo evento. Você representa a sua empresa neste momento e qualquer deslize pode manchar sua reputação e a da sua empresa. Por isso, pense bem antes de tomar uma atitude.
Levar acompanhantes para visitá-lo no hotel: estar longe da sua cidade em um quarto de reservado é realmente bom para quem deseja privacidade, mas isso não significa que você levar um acompanhante para o seu quarto no hotel seja o mais apropriado. Tenha em mente que o hotel reservado pela empresa para sua estadia é destinado unicamente ao seu descanso e deixe para trazer conhecidos quando for viajar por conta própria.
Chegar atrasado ou sair mais cedo de um evento profissional: a cidade é linda e você não vê a hora de dar um passeio turístico, mas que tal deixar para fazer isso após os seus compromissos profissionais? Chegar atrasado no evento da empresa ou sair mais cedo é desagradável para a empresa que você representa e para quem está patrocinando sua estadia. Por isso, procure aproveitar ao máximo o evento, afinal, você está lá justamente para absorver informações para sua atividade profissional, seu aperfeiçoamento e atualização. Pense no que você faria se o investimento tivesse saído do seu bolso antes de badalar por aí.
Não atender as ligações corporativas: não é porque você arrumou um tempinho de folga durante a viagem que você não vai atender o seu chefe justamente quando ele te liga para saber como andam as coisas, não é mesmo? Tenha sempre à mão o telefone corporativo e fique atento à possíveis ligações do trabalho.
Desligar o celular ou não retornar as chamadas da empresa não pega bem.
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