Para ser um executivo especializado em gestão de viagens, é preciso mostrar competências como gerenciamento de custos, liderança, familiaridade com tecnologias e boa comunicação. A agilidade na solução de problemas também é fundamental. "Encontrar tudo isso em um único executivo é raro", diz Sílvio Celestino, sócio-fundador da Alliance Coaching, da área de recursos humanos. Além de experiência na função, os currículos mais desejados no setor incluem conhecimento de idiomas e pós-graduação em administração para quem não teve graduação específica. "As empresas querem que o gestor de viagens atue para que os executivos possam ser tão produtivos fora do escritório como são dentro", afirma.
De acordo com Vivianne Gevaerd Martins, presidente da Associação Brasileira de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Abgev), possuir formação em administração e turismo pode ajudar na carreira. "Dos 400 profissionais ligados às 250 empresas associadas, 30% deles trabalham como gestores", diz ela, que é autora do livro "Viagens Corporativas" (Editora Aleph).
César Palmieri, diretor de talentos do Grupo i9, com 200 empregados, ressalta a importância de o executivo ser organizado para evitar atrasos nas compras e, consequentemente, gastos desnecessários. "Ser proativo também é fundamental para garantir eficiência em uma viagem."
A diretora da Escola de Turismo e Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi, Elizabeth Kyoko Wada, afirma que há casos que exigem deslocamentos de equipes inteiras com demandas de documentação, vacinas, seguros, locação de residências e até acompanhamento na mudança das famílias dos executivos ou montagem de acampamentos em canteiros de obras. "Deve-se fazer o melhor com o menor custo possível, respaldado por uma clara política de viagens", afirma.
No mercado de trabalho, segundo Elizabeth, a tendência é que as diretorias mantenham um executivo para fazer essa intermediação com as agências de turismo. "Caso se posicione apenas como um elo meramente operacional, o profissional poderá ter vida curta ou ficar estagnado na empresa", alerta. "Nas organizações em que o gestor de viagens se movimenta estrategicamente, com bons resultados, há uma maior valorização da função e ampliação das responsabilidades", garante. (JS)
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