Existem dois tipos de profissionais existentes no mercado, e o fato de optar por estar em um ou outro grupo pode ser um fator decisivo de empregabilidade.
O primeiro tipo de profissional é aquele que faz as coisas apenas quando pode. E esse poder depende de uma série de fatores, que vão desde os mais próximos (‘se o chefe deixasse’, ‘se pedissem eu faria’, ‘se aumentassem meu salário eu seria melhor’, ‘se me desse um cargo gerencial eu mostraria meu valor’) até os mais improváveis (‘se o governo incentivasse’, ‘se minha família fosse rica’, ‘se o horóscopo estivesse a favor’, ‘se o ano fosse bissexto, eu teria mais tempo…’).
Frente a todo momento decisivo, este profissional não encontra soluções, mas sim desculpas. E assim passa seus mais produtivos anos, sempre pautando sua ação pela reatividade, pensando como pobre e trabalhando como rico (ou, ao menos, como ele imagina que os ricos trabalham: apenas quando dá vontade). Sua perspectiva é sempre futurista, pois acredita que quando finalmente ‘fizer aquilo que gosta’, vai conseguir ser feliz.
Por esse conjunto de crenças limitantes, ele encara o trabalho como emprego. Emprego é causa, não efeito. E, por nunca arriscar-se, passa boa parte do tempo gabando-se de não errar nunca, de conquistar melhorias na base do grito e abrir portas na base da pressão.
O outro tipo de profissional, apesar de lidar com os mesmos elementos, combina-os de outra forma: tomando a frente das situações e evitando a vitimização. Este profissional é aquele que faz as coisas acontecerem, avaliando todas as variáveis que podem ajudá-lo ou prejudicá-lo na conquista de seus objetivos. Frente a momentos decisivos, não busca desculpas, mas sim soluções. Ele está mais sujeito aos erros, que não encara como o ‘fim da linha’, mas como métrica para os resultados que sabe que vai atingir.
Este profissional costuma pensar como rico - sempre prezando pelo melhor - e trabalhar como pobre - sem parar nunca -, pois sabe que os resultados vem em medida proporcional ao ‘viver de verdade’ aquilo que se faz. Para ele, fazer o que gosta é consequência: mesmo não atuando no que um dia sonhou, ele vive o presente e, nele, pavimenta o futuro. Nos momentos decisivos não busca desculpas, mas sim soluções. No seu modelo de crenças, encara emprego como trabalho. Emprego é efeito, não causa. As conquistas são os resultados das portas que costuma abrir com suavidade.
Estar em um ou outro grupo é uma decisão legítima, que cabe apenas a você. Porém, optar entre ‘fazer parte’ ou ‘fazer a diferença’ pode ser o que falta para sua carreira decolar.
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