Quando lemos pesquisas internacionais e sul-americanas verificamos que a posição ocupada pelo Brasil na linha de investimentos, de planejamento educacional de longo prazo, de qualidade de ensino, de preparação de professores, encontra-se, comparada com a de outros países, em colocação desfavorável.
Outro fator a ser considerado é a supervalorização do ensino universitário, que é restrito a apenas 11% da população de 25 a 64 anos, mas gera maior possibilidade de empregos bem remunerados, o que reflete na menor valorização de quem só tem o ensino médio, e pior ainda, de quem nem mesmo chegou a concluí-lo, grupo que recebe salários ainda mais baixos. Acrescente-se a isso que a maior reclamação dos empresários de todos os setores, principalmente dos ligados à tecnologia, é a carência de profissionais qualificados, capazes de atender o desenvolvimento atual do país em setores que exigem qualificações específicas, como engenharia, petróleo, mineração, construção, novas tecnologias da informação com diversas plataformas digitais, agroindústria, áreas de saúde, etc.
Mas, a falta de mão de obra qualificada existe também em setores de prestação de serviços como bancos, hotelaria, comércio, hospitais e restaurantes, por exemplo. Como as empresas se reestruturaram, adotaram novos sistemas de gestão, preocupam-se com a sua produtividade e lucratividade, e com as investidas da concorrência. Por isso, ao contratar, exigem que o profissional tenha a formação necessária para desempenhar bem sua função, seja um engenheiro, padeiro, cozinheiro, recepcionista, arrumadeira, etc.
Rhinesmith, autor do livro Gerente Global, explica essa situação dizendo que há três coisas importantes que devem ser lembradas:
1. As coisas hoje não são o que eram – e serão diferentes novamente amanhã.
2. Isso vai exigir uma revisão do velho modo de pensar.
3. Se você quer ser um profissional global bem-sucedido, terá de aprender não apenas novas informações, mas novas maneiras de pensar, sentir e comportar-se. As alternativas que temos diante dessas mudanças são: enfrentar os desafios da hora presente; reaprender a criar novas situações; descobrir aquilo que não se via antes; caminhar com coragem para novos horizontes e fazer as coisas de modo diferente.
Mercado de trabalho Em termos mais simples, pode-se dizer que o mercado de trabalho são todas as oportunidades que uma pessoa tem de assumir uma posição produtiva, isto é, quando ela trabalha, passa a ser considerada parte da população economicamente ativa. E esse mercado nos dias de hoje representa um mundo global de oportunidades, por exemplo, nas áreas governamentais, empresarias, de prestação de serviços. Existem inumeráveis especializações para que os diversos setores funcionem de maneira eficiente e lucrativa, visando o progresso das empresas e da sociedade.
A pergunta que é preciso fazer: você está preparado para enfrentar esse mercado de trabalho? É preciso prestar atenção e reconhecer que ele é altamente diversificado e competitivo, fundamentado no conhecimento e nas competências, fortemente influenciado e dominado pela tecnologia em escala global e exige de quem quiser participar dele alto nível de competência e especialização. E, além das especializações, você precisa trabalhar com dedicação, comprometimento e perseverança para conseguir fazer uma carreira bem sucedida, responsabilizando-se, também, pelo seu sucesso pessoal e profissional.
Você sabe o que é empregabilidade? É muito comum o uso dessa palavra quando se focaliza o mercado de trabalho. Ter empregabilidade significa que você está preparado para conquistar sempre novas posições de trabalho porque tem as competências exigidas pela sua profissão, capacidade para trabalhar em equipe e para enfrentar os desafios com sucesso (resiliência) sem deixar de ser produtivo. Significa ainda ser empreendedor na execução do trabalho e saber tomar decisões.
O que fazer para manter sua empregabilidade?
Você precisa fazer um plano de vida. Qual é o seu? O grande guru do marketing, Peter Drucker, ensina você a fazer três perguntas:
1. Qual é o seu negócio? O que você está tentando fazer? O que o diferencia dos demais?
2.Qual a sua definição de resultado?
3. Quais são suas principais competências? E o que elas têm a ver com os resultados? Em seguida, faça a gestão estratégica de sua carreira, guiando-se por três perguntas: Onde você está? Para onde quer ir? Aonde quer chegar?. Concentre-se na conquista de sua carreira, pois ela depende unicamente de você e não da empresa que te contratou. Cumpra seus objetivos, lute para atingir as metas. Mantenha o controle da gestão de carreira e continue empenhando pela vitória. Agindo assim você terá seu esforço reconhecido e remunerado de acordo com seus méritos.