Na relação entre gestor e subordinado, as duas partes são responsáveis pela harmonia e pelos frutos deste vínculo
Felizes são aqueles que têm um bom chefe. Posso afirmar isso com segurança, pois pesquisas mostram que os problemas de relacionamento com o gestor são a segunda maior causa de descontentamento que leva à mudança de emprego - a primeira é a falta de perspectiva de carreira.
Mas o que caracteriza um “bom chefe”? Podemos começar por analisar a função, a missão de um chefe. Seu principal desafio talvez seja direcionar os esforços da equipe para cumprimento dos objetivos. Seguindo por essa linha, o “bom chefe” deve agir como orientador, norteando o time em direção às metas e intervindo ao primeiro sinal de dispersão.
A orientação deve ser clara e precisa – uma boa orientação economiza muitas intervenções, que devem ser pontuais, oportunas, eficazes, necessárias. Poderíamos seguir por essa vertente – a da orientação e intervenção, mas penso que estaríamos “chovendo no molhado” ao definir o tal do líder, sendo que o objetivo deste texto é provocar outro tipo de reflexão.
O que é uma orientação clara e precisa? “Claro”, para mim, pode ser “objetivo” – curto e grosso - mas para você pode significar “riqueza de detalhes”. “Preciso” pode ser apenas “o ponto onde temos que chegar”, mas para você pode ser “uma definição clara do caminho a percorrer até lá”.
E o que é uma intervenção oportuna? Têm pessoas que não gostam de serem questionadas ou interrompidas até a conclusão da tarefa; já outras preferem ser assistidas durante todas as fases do trabalho.
E se a concepção de “boa orientação” ou de “intervenção precisa” do chefe for completamente oposta à de seu subordinado, quem deveria ser responsabilizado? Podemos afirmar que estaríamos diante de um mau chefe? Ou de um mau funcionário?
A questão é que se trata de uma relação e em uma relação todas as partes são responsáveis pela harmonia e pelos frutos desse vínculo. O comportamento do chefe afeta o do subordinado e vice-versa, podendo assim assumir uma situação virtuosa ou viciosa.
Portanto, convido você a refletir por alguns minutos quanto a algumas questões:
Você já falou suas expectativas e preferências ao seu chefe? Você conhece as expectativas e preferências dele? Você já teve um bom chefe? Quais características lhe fazem concluir que ele era realmente um bom chefe? Como você respondia (retribuía) a essa relação? Você tem feito a sua parte? Como melhorar a relação com a chefia? E, por fim, você é ou será um bom chefe?
Pensar neste assunto ajuda a desenvolver o autoconhecimento e a empatia, afinal, o que vemos, sentimos e pensamos sobre os outros, diz muito sobre nós mesmos.
Boa introspecção!
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