Muito provavelmente se alguém chegar para conversar com você sobre as condições de emprego existentes no Brasil, encontrará uma negativa de sua parte. Não é um erro, tendo em vista que moramos em um país em pleno desenvolvimento onde, muitas vezes, a oferta de profissionais tende a ser superior ao número de vagas disponíveis no mercado. E quando se fala em emprego para a terceira idade, o cenário fica um pouco mais tenebroso. Existe emprego após a terceira idade?
Dados comprovam que em setembro de 2010 a taxa de taxa de desocupação de pessoas acima de 50 anos chegou a 2,2%. Isso qualifica como confortável o cenário de pleno emprego. Mas o que é o pleno emprego?
Definição. Entender de pleno emprego e sua definição pode ter variáveis de cultura para cultura, de país para país. A Organização Mundial do Trabalho define que se tem o pleno emprego quando a taxa de desocupados em uma nação é inferior a 3%. Esse índice é calculado de acordo com os registros nos países desenvolvidos no mundo pós-guerra. No caso do Brasil para a terceira idade, os ventos são mais positivos, a contar de setembro de 2009. Entenda: a taxa de 2,2% de trabalhadores sem ocupação representa o índice daqueles que estão em transição entre um emprego e outro.
No Brasil. Os resultados de recentes pesquisas mostraram que o número de trabalhadores mais velhos, perto da terceira idade, com 50 anos ou mais aumentou. Esses resultados são reflexos do aumento na qualidade de vida da população e seu consequente envelhecimento. Ou seja: a terceira idade passou a ser mais importante, a ter voz e vez no mercado de trabalho e econômico do país. Entre outros fatores, percebe-se também que a falta de profissionais capacitados para determinadas áreas faz que os antigos profissionais permaneçam por mais tempo em seus cargos. O que de certa forma nos faz perguntar: por que ainda há tanto preconceito com idade e trabalho?
Ocupações. O ranking das ocupações que mais empregaram a terceira idade em 2012 teve dirigentes públicos em primeiro lugar (66.347), seguido por professores do ensino fundamental (66.315) e construção civil (36.411). O setor da construção, aliás, é um dos que apresentam saldo positivo para essa faixa da população (de mais de 21 mil postos). Ou seja, houve abertura de vagas para pessoas com mais de 50 anos.
Já entre os professores do ensino fundamental, as demissões superaram as contratações em 1.537 vagas […]. Além da construção, foram abertas novas vagas para a terceira idade entre motoristas e nos setores de alimentação e de serviços domésticos. Os estados do Piauí, Roraima e Ceará também abriram novas vagas para quem tem 50 anos ou mais.
Os novos postos para essa faixa etária surgem na esteira do crescimento econômico e, tanto o setor em que elas são abertas, quanto a região do País em que acontece, reflete isso.
A grande variação no setor público se dá porque, segundo pesquisas, existe mais estabilidade nesse setor.
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