"Carteira assinada". Esse foi por muito tempo o anseio de grande parcela dos universitários após concluírem o ensino superior. Um sonho que garantiria segurança, estabilidade, benefícios, um bom salário e uma carreira promissora.
O cenário atual é bem diferente. Conforme resultados da Terceira Pesquisa de Emprego, com 8.170 pessoas, realizada em julho de 2013 pela Universia (www.universia.com.br) eTrabalhando.com, 82% dos entrevistados desejam se tornar empreendedoresporque acreditam que dessa forma terão mais liberdade no trabalho (34%), vão alcançar melhor ganho financeiro (30%) e conseguirão fazer aquilo que têm paixão (27%).
O estudo revela também os principais desafios apontados por quem quer montar um negócio próprio: 33% apontam a dificuldade em conseguir clientes e 32% acreditam que o problema é a incerteza inicial para começar o novo projeto. Para outros 29%, o grande dilema é obter o investimento financeiro e para a minoria de 6%, liderar um grupo de pessoas é o maior dilema.
A pesquisa também abordou a seguinte questão: qual é o principal obstáculo para realizar um empreendimento no seu país? A maioria (55%) apontou a situação econômica, a carga tributária e a falta de créditos como os principais empecilhos; já 22% citam as questões burocráticas para iniciar um negócio autônomo. A falta de formação em empreendedorismo na universidade foi citada por 6% dos entrevistados.
Um alerta às instituições de ensino foi dado pelos resultados obtidos: 44% dos entrevistados sinalizaram que a universidade onde estudam não tem projetos de apoio ao empreendedorismo, o que sugere que há espaço para o segmento da educação investir na questão. Apenas 4% afirmaram que onde estudam há professores capacitados a ministrar disciplinas de empreendedorismo e somente 10% apontaram que existem incubadoras para iniciarem seus projetos.
Outro ponto interessante extraído do estudo derruba o mito de que as pessoas querem ter seus próprios negócios para se livrar dos chefes: apenas 9% dos entrevistados afirmaram que empreenderiam para não ter um chefe; e 75% confirmaram que aceitariam ter o ex-chefe em suas redes sociais.
A fórmula para empreender parece passar por três pontos primordiais: formação, criatividade e capital financeiro. A maioria (32%) entende que o dinheiro é o que mais faz falta para dar o ponta pé inicial no negócio. E como nem tudo é só dinheiro, 30% enxergam a necessidade de criatividade e habilidades técnicas para vender uma ideia.
Os dados foram obtidos a partir de entrevistas realizadas em nove países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru, Porto Rico e Uruguai), em que 51% são do sexo masculino e 49%, feminino. A maioria tem acima de 27 anos (63%) e 31% tem faixa etária entre 21 e 26 anos.
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